Explicações (Padres e Políticos)
O Tadeu fez um comentário bem interessante sobe o texto Padres e Políticos, e como a resposta ficou um pouco grande (e como quero que todos que leram o texto leiam esse comentário - apesar de um pouco maçante e com citações bíblicas ao excesso), resolvi fazer um outro post com isso:
o comentário foi este:
E esta é a minha resposta:
Espero não ter piorado mais ainda o que tinha dito antes. Mas é isso...
o comentário foi este:
Tadeu disse...
Parabéns, Mário, ficou BEEEEM melhor seu blogue agora. Bem mais limpo e fácil de ler, apesar do fundo preto. De qualquer maneira, discordo de alguns pontos. Quero esclarecer que sou agnóstico então não precis me levar muito a sério. Mas nunca ouvi falar de um padre que tenha sido ELEITO para o cargo, tirando os papas, mas não são nem mesmo padres que elegem, e sim cardeais...Também me parece curiosa sua tendência pro anarquismo. Sei lá, pode ser implicância minha, mas com tantas origens cat´loicas, soa meio artificial... sei lá, não sou católico nem anarquista...Mas o que me chocou mesmo foi sua "condescendência" com os "crimes" dos nossos pastores: quer dizer então que, mesmo que errado, é justificável roubar o povo ou foder criancinhas só pelo fato de eles estarem onde estão?Não sei se eu entendi errado ou se você não soube se explicar direito, mas fica a crítica pesada.
Mário Henrique disse:
Então Tadeu, sobre a eleição dos padres pelo povo, isso é um fato que pode ser observado em qualquer cerimônia católica, como missas, casamentos, batizados e tal. Essa tal eleição acontece quando os fiéis acreditam (têm fé) nos poderes do padre (transformar o pão e o vinho no corpo e sangue de cristo, perdoar os pecados, transmitir os dons do espirito santo). è como um músico e seus fãs. O padre é um pastor, e sem ovelhas, sua existência não faria sentido.
Sobre a questão de católico anarquista, bem, pra mim o grande ideal cristão está na horizontalização do poder, na destruição de qualquer hierarquia. Pô, que prova maior disso do que a descida de Deus de seu trono para viver uma vida entre as pessoas, aceitando todos, mesmo os mais excluídos da sociedade? Certa vez, um seminarista fez uma palestra a respeito da diferença da história da Torre de Babel e do Pentecostes. Em um, existe a verticalização extrema (uma torre para se alcançar o reino dos céus) e no outro, a horientalização extrema (os discipulos em diálogo com todas as pessoas, evangelizando em um idioma compreensível para todos, mesmo para os extrangeiros). Assim, para mim, não há nada mais certo para um cristão, do que acabar com as barreiras da hieraquia. Como um dia foi em Atos 2, 41-46.
Eu não justifico os erros, continuam sendo erros e as punições existem para isso. Romanos 7, 7-25 fala coisas bem legais sobre lei e pecado. Mas, para mim, não adianta se horrorizar e exorcizar, apagar aquele que errou e voltar a dormir. Para mim, como já disse antes, as coisas devem mudar dos dois lados. De lá e de cá.
Now Playing: A Threnody For Modern Romance - It Dies Today
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