Foi Dahora!

Voltando do trabalho para casa hoje, sentei-me no último banco e vi o resto da fila entrar no ônibus. Todos aqueles que formava a fila quando eu fazia parte dela já haviam entrado, e então vi o Alessio entrando no ônibus.

Sentamos juntos, conversamos bastante sobre diversas coisas. A vida, mulheres, caos, os Filhos do Caos, futuro, sonhos, expectativas e problemas. Descemos perto da casa dele para que ele deixasse suas coisas e partisse para a casa da Bárbara, onde iria pegar uns controles de N64. Voltamos ao ônibus, sem parar de conversar em nenhum momento da viagem.

Já próximo ao Shopping Anália Franco, passamos pela catraca e eu puxei a cordinha para parar o ônibus no próximo ponto. Despedimo-nos da maneira tradicional e, antes d'eu me afastar para o lado mais fundo do ônibus (próximo da porta de saída), o Alessio virou para mim e disse: "Foi dahora meu!". Eu sorri e desci do ônibus.

O que havia sido dahora? A conversa? A viagem? Realmente não sabia. Foi tudo muito comum para que alguém dissesse que foi dahora. Como assim: "dahora". Foi cotidiano, foi rotineiro, foi como sempre é quando estamos juntos.

Foi então que percebi:
É, realmente foi dahora!