acidentes:.
É mais ou menos assim: eu quero escrever, tenho uma idéia legal (pra mim pelo menos) pra contar, mas não tenho vontade de escrever. Sabe, acho que é preguiça e receio de que a coisa não saia direito. Sem inspiração alguém poderia dizer, mas nessa hora eu lembro do Rodox e da montagem do Matanza, e do Alessio dizendo que para um jornalista, escrever independe de inspiração, e se torna algo mecânico (não com a idéia de algo feito sem sentimento, mas algo que flui em qualquer situação, sem coincidências cósmicas). Não sou jornalista, mas agrego essa idéia como algo geral. Por isso vou escrever. E também para tentar ser um pouco mais disciplinado, como a Elisa me propôs tempos atrás.
A pergunta é: Quem somos nós? Ou melhor. Como nos tornamos quem somos?
Estou lendo um livro de Kabbalah que mudou minha forma de ver o universo. O que o livro diz, não importa realmente, o que importa é que eu seria outra pessoa se não tivesse lido esse livro. O livro chama-se A Depth on Beggining (Notes on Kabbalah) do Colin Low, que eu baixei gratuitamente da Internet. Eu comecei a ler esse livro muito tempo depois de tê-lo baixado, quando nem mais se lembrava de sua existência. Um dia, fuçando nos meus e-books (baixa-se muita coisa, lê-se pouca), encontrei um arquivo chamada NOK.pdf. NOK é Notes on Kabbalah, mas eu não me lembrava na época. Por isso, abri o arquivo. O que me fez persistir, foi a curiosidade pelo significado do nome Sephiroth, que é um personagem de Final Fantasy VII, jogo que adoro. Aliás, eu baixei o livro em primeiro lugar, por causa de um web comic chamado 8-bit theatre, mas especificamente do episódio 044, que mostra umas imagens muito loucas de fundo, as quais, em algum lugar do site que não me lembro, o autor dizia ter pegado do site do livro. Por isso peguei o livro.
Porém, agilizando as coisas, eu só fiquei sabendo do web comic pela Larissa, na época do primeiro HiDEOuT (e ela tinha o Garbage Can). Eu só me interessei pelo 8bit por causa do Robson, que me fez jogar FFVII pela primeira vez na casa dele. A Larissa eu conheci na Animanga, lugar que o Sid me levou pra trabalhar. O Sid eu conheci porque ele estudava na mesma escola que a Lidia, a menina que ele gostava naquele tempo. A Lidia jogava RPG com a gente em um grupo que o Alessio formou. Ele foi chamada pela Cristina, que foi uma menina que o Alessio chegou até a namorar. Alias, minha primeira experiência nesse mundinho adolescente de ocultismo aconteceu nessa escola que esse pessoal estudava. A Cristina era uma amiga da Camilinha (adivinha onde a Camilinha estudava?) e a Camilinha, uma amiga do Alessio da igreja. Os três estavam numa festa de aniversário da Camilinha, e foi assim que o Alessio conheceu a Cristina. Além do Alessio, a Cristina também namorou o Robson, e foi assim que todo mundo se conheceu. O Alessio é um meio primo do Fabinho, que morava aqui em frente de casa. Conheci ele por um vídeo de bobeira, imitando um antigo programa de tv chamado Bad Tv, que eles fizeram juntos. Tempos depois eu me interessei pelo card game Magic, the Gathering, que por acaso ele jogava. Ele me ensinou a jogar e pouco depois eu comecei a fazer inglês com ele e o Fabinho. Mas nós só ficamos realmente amigos quando eu comecei a frequentar a mesma igreja que ele e a jogar no mesmo grupo de RPG (onde estava a Cristina e a Ligia e, mais tarde, depois que eu já havia saído, o Robson).
Não vou contar como fiquei amigo do Fabinho, nem como virei católico, mas acho que já deu pra perceber que foram milhares de eventos que me levaram a ler o livro de Kabbalah. O que eu quero dizer desde o início é que nossas vidas são um emaranhado de acidentes, ou acontecimentos randômicos, que não podemos dizer, com certeza que temos uma personalidade própria. Nós somos um resultado de milhares de processos, os quais, em sua maioria, não temos nenhum controle. Sim, é claro que existe uma predisposição para umas coisas e não para outras, mas quem não garante que nem isso seja resultado de outros acidentes.
O que eu tento falar é que não somos especiais. Não somos melhores nem piores. Isso porque, simplesmente, não temos controle. Não que realmente devemos deseja o controle, mas aceitar que não existe nada de especial no mundo, a não ser as experiências que vivemos e o que de melhor tiramos delas. Ou seja, nós somos fruto do acaso, por isso, a única coisa que temos a fazer, é divertirmos-nos, da melhor maneira que pudermos.
VERSÃO PARA DUMMIES (pra quem não quer ler tudo isso): Uma série de acidentes determina quem somos, por isso não devemos perder tempo acreditando que somos melhores ou mais especiais que os outros. Vivemos a vida e sejamos felizes.
5 Comments:
Cara, eu acho a palavra randômico um sintoma. Do interntês associado a barbarismos. Nada contra barbarismos, mas acho que eles só deveriam ser usados em casos extremos. Não para substituir palavras como aleatório que, a propósito, soa muito melhor que randômico, em?
Posso dar uma sugestão? Que tal pôr a versão pra dummies no começo. É que, ficando no final, a gente -eu, pelo menos- só lê depois que já leu o post inteiro.
Eu pensei na mesma coisa para a versão para Dummies... o que me me impediu foi o que escrever para diferenciar o Summies da outra (versão integral?). Na verdade o Dummies tá aí só por causa de alguns que nunca comentam porque dizem que é grande. Vou ver, se mais alguém achar que o Dummies tem que ficar an frente, mudo pra lá...
Ah, e vou mudar o nome do post pra Acidentes, que é melhor que random e aleatório então, ok?
O nome random eu usei porque foi o keyword que pesquisei pra encontrar a imagem...
i love your design!
yeah...
eu li QUASE tudo
mas uma vez eu já postei algo semelhante no meu blog, contandos os incidentes que foram levados a fatos que depois de ANOS resultaram em alguma coisa (boa ou não), ano passado teve até um caso menor disso, lembra-se? pois é (=
por isso eu acredito que nada é por acaso, nao acredito em destino, mas um fato simples hoje pode ter resultados astronomicos depois (minha vida pode seguir um rumo diferente só pq eu escrevi no seu blog))
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