17 janeiro 2006

Reflexões



Existe um ditado (do Tio Ben) que diz: "Grandes poderes vem com grandes responsabilidades". Isso é óbvio, mas existe uma crença, uma quase lei, no mundo ocultista que diz que não podemos utilizar nossos poderes para nosso próprio ganho. Essa crença diz que toda habilidade fora do comum, muitas vezes classificada como mágica, somente deve ser usada em prol de um bem maior, de um objetivo altruísta (no sentido básico da palavra). É claro que se uma pessoa pode fazer algo para fazer do mundo, um lugar melhor, esse é o seu dever (da mesma forma que não devemos defecar no prato), mas isso não significa que ele deva ignorar seus ansêios e vontades. Se um garoto consegue realizar viagens extra-corpóreas, por que devemos condená-lo por querer apenas visitar a casa da namorada? Se alguém tem o poder de diminuir a velocidade do tempo, por que não usar isso para chegar em casa a tempo de assistir a novela? Sei que existem riscos e preços a serem pagos (para tudo existe), mas, pensemos num ser humano comum (como eu e você). Ele tem pernas, certo? Se ele tem pernas, pode escolher andar ou não. Escolhendo andar, ele pode abusar delas sem motivo algum. Pode ir para lugares inúteis como pode levar um recado vital a outra pessoa (eu usaria o telefone). Não importa o uso que se faz das pernas, elas pertencem ao indivíduo e ele escolhe como usá-las. Se uma pessoa desenvolve habilidades sobre-comuns, que ela a utilize para sua própria vontade, e não atrapalhe a vida de ninguém. O que seria realmente bom é se essa pessoa trabalhasse sua vontade ao invés de dar vasão a todos seus desejos. Pois um homem livre é senhor de suas vontades e prazeres.

Outra coisa que me veio a cabeça é a idéia de real. Se alguém começar a refletir, temos como real tudo aquilo que de alguma forma, afeta um (ou mais) dos cinco sentidos. Se eu vejo, é real, se cheiro, é real, se ouço, toco ou degusto, é real. Isso faz com que as minhas idéias, pensamentos e sonhos sejam falsos, parte da minha imaginação, não-reais. É interessante pensar então que consideramos real tudo ao nosso redor, menos o que está dentro de nós mesmos. Acreditamos mais em uma foto do que numa imagem em nossa cabeça. Criamos um abismo tão grande que nos parece impossível algo vindo de nossas cabeças se tornar real. Isso é preocupante pois cristaliza a nossa capacidade criativa e retarda nosso processo de evolução mental. A mente é real. E, ao contrário do conhecido slogan: A mente NÃO mente.

3 Comments:

Anonymous Anônimo disse:

eu ia comentar isso outro dia
mas o site nao abria, e agora eu esqueci o que iria dizer
fuck
)=

sexta-feira, 20 janeiro, 2006  
Blogger Mário Henrique disse:

anh... era o Banas?

sábado, 21 janeiro, 2006  
Anonymous Anônimo disse:

sim! é que deu pau e nao carregou a parte de por nome

domingo, 22 janeiro, 2006  

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