09 agosto 2006

True Stories

(inspirado no post do Quinho em seu blog)

De: Tereza Zambrini
Enviada em: segunda-feira, 7 de agosto de 2006 22:00
Para: Mario Henrique Perin Bernardo
Assunto: Oieeeeeeeee

Oie! Tudo bem com você?
E com o seu namoro?

Desculpa passar sempre com pressa na RECOC, mas pela manhã esse negócio de malote anda me deixando corrida (e de saco cheio!).

Comigo tudo bom!

Então, eu hoje tinha psicóloga. Eu não estava muito empolgada porque no fundo eu não tinha o que falar. Esse lance de ter que pensar antes no que falar estressa. Sabe, no fundo, de tudo o que eu falei pra ela... sabe... eu não disse nada, essa é a verdade. Então eu meio que ficava antes da sessão pensando no que eu poderia falar, sem falar... sabe? Sem me expor? E isso não poderia durar muito mais tempo e nem faria muito sentido, né?

Eis que eu fui lá hoje, meio tensa e meio sem assunto. O carro dela não estava lá. Toquei a campainha três vezes. Cheguei às 14:55h e a consulta era às 15h. Esperei até às 15:05h. Fui embora. Aliviada! E resolvi que não vou mais voltar. Uns quinze minutos depois tocou meu celular, duas vezes eu não atendi e não sei se era ela. Estou sem créditos no celular e não peguei o recado que deixaram. Amanhã vou falar com ela, dizer que preciso de um tempo. A terapia não vai rolar.

Eu antes de começar a terapia achava que não era o meu estilo. Sempre tive vontade, mas nunca achei que seria a minha cara. Resolvi tentar e achei uma boa experiência, mas, definitivamente, é o tipo de coisa que não combina comigo. No começo achei que podia rolar, mas não, não rola assim... do jeito que deve ser, manja? Profundo mesmo... não rola.

O fato dela não ter ido hoje foi exatamente o pretexto que eu precisava, que eu queria e na hora em que eu fui embora soube que tinha acabado. Amanhã vou falar pra ela, dizer que vou dar um tempo pra pensar.

O que estava me fazendo bem na terapia era ouvir de fora que eu sou normal, que eu tenho motivos para ser ansiosa, etc. Mas, sabe... eu sou uma pessoa que penso na minha vida diariamente, que procuro me conhecer, mudar, melhorar... e não sei até que ponto esse processo pode ter uma interferência externa no meu caso, entende? Eu gosto de tentar me entender e acho que posso fazer isso muito bem sozinha e com a ajuda das pessoas que eu quero, que eu confio, entende?

Conversei sobre isso com o Fausto e ele acha mesmo que não tem nada a ver comigo fazer terapia, apesar de achar que seria muito bom (ele me acha meio doida...). Ele disse tudo o que eu disse aí acima, que eu não suportaria mesmo um estranho em um nível tão profundo de intimidade. Coisas de escorpiano, ele mesmo disse. Hehehehe!

Bom, é isso. Sou novamente uma doida à solta, sem tratamento.

Você ta frito!!!!!!!!!!

Beijos,
Tereza


De: Mario Henrique Perin Bernardo
Enviada em: terça-feira, 8 de agosto de 2006 10:19
Para: 'Tereza Zambrini'
Assunto: RES: Oieeeeeeeee

Não sei se eu já lhe disse, mas eu me senti exatamente assim quando fiz terapia. Acho que é coisa de escorpiano mesmo. No meu caso, eu não podia parar pois eram ordens médicas, mas eu faltava muito... faltava quase o mês inteiro. Era meio forçação de barra. Eu sempre senti que estava inventando coisas só pra passar aquele tempo silencioso.

Meu namoro está bem, estou mais feliz do que nunca. Sabe, a gente tem brigado bastante. Eu não diria brigar, mas conversar. Parece que a gente sempre encontra algum ponto em desacordo e fica um clima ruim. Pra ter uma idéia, semana passada foram 3 vezes: terça, sexta/sabado e domingo. Cada vez um assunto diferente. Mas isso é uma questão de estar se adaptando um ao outro. É como quando você vai deitar confortável em um lugar e fica se remexendo até achar a posição confortável, sabe? O bom é que a gente sempre tem vencido essas diferenças e resolvido os problemas. E isso faz com que nossos laços fiquem mais fortes. Sabe, eu sempre tive medo de descobrir que estou só com uma pessoa, que não posso mais gostar de ninguém ou coisa do tipo, mas com ela, eu fico até feliz. Eu poderia passar o resto da vida ao lado dela. Sei que isso soa precipitado, mas eu realmente acredito nisso.

Ontem aconteceu uma coisa muito legal e estranha. Eu tive um melhor amigo no passado chamado Felipe. Por motivos confusos demais para eu entender ainda, ele sumiu. Normalmente a galera joga a culpa disso no namoro dele (ex-namoro), mas acho que nunca fiz isso. Bem, ele foi uma pessoa muito importante para mim, mas ele havia sumido. Depois de um tempo, ele terminou e voltou a andar com o pessoal. Sempre fui meio contra isso. Para mim não adiantava a companhia dele, queria a amizade de antes. Algo que achei nunca mais ser possível. Por isso eu o repudiava.

Sabado nós fomos jogar bilhar. Foi bastante gente e ele também foi. Um hora lá ele se virou e começou a puxar conversa comigo sobre livros. Cara, fazia muito tempo que a gente não conversava sobre algo somente nosso, como os livros. Foi super legal, mas eu não esperava mais nada além disso.

Ontem ele me ligou à noite para sairmos e bebermos alguma coisa. Só nós dois. Eu fiquei meio assustado, eu não sabia o que ele queria. Achei que ele fosse me xingar ou até bater por alguma coisa que eu nem sabia. Nós fomos até o Pão de Açúcar do Tatuapé. Pegamos uma cerveja cada um e ficamos conversando. Ele me contou toda a saga dele através dos diversos empregos e todas as mudanças de sua vida. A Jan me ligou, pedi para ele me deixar em casa pois eu queria falar com ela (na verdade eu queria é contar que eu tinha conversado com ele). Ele ficou meio chateado, mas foi. Quando paramos na minha porta, ele começou a perguntar se a Jan ficava sem graça perto dele (a Jan é uma ex-ficante dele. Foi por ele que a conheci), e que o pessoal não o chamava pra sair quando ela estava lá. Ele juntou as peçar direitinho, mas acabou formando uma figura totalmente diferente daquela que estava estampada na caixa do quebra-cabeça. Não existe nenhum tipo de receio da Jan em relação a ele, não mais. Houve algo no começo, aquela coisa de achar estranho aparecer do nada na vida dele novamente, e com o amigo dele (ela não sabia das mágoas que eu tinha com ele...). Nessa hora eu fiquei meio chateado. Pensei que ele havia me chamado até lá só para falar sobre isso, e não para passar um tempo legal comigo. Mas a gente continuou conversando e eu percebi que na verdade ele tava tentando fazer as coisas voltarem como antes. Teve uma hora que ele me perguntou se eu achava que a gente podia voltar a ser amigo como fomos um dia. Que idiota, ele já tinha me ganhado quando me chamou para tomar cerveja. Na verdade eu já tinha ficado balançado quando ele falou dos livros, no outro dia, no bilhar.
Então basicamente foi isso, uma das pessoas mais improtantes da minha vida voltou!

Honestamente, agora que tudo isso passou, eu fico até feliz que aconteceu. Acho que se ele não tivesse se afastado (ele e outros amigos), eu e o Gustavo nunca teríamos ficado tão amigos como somos hoje. E é a ele, Gustavo, que eu credito pelas minhas melhores mudanças atuais (e eu também sei que ele melhorou muito ao meu lado).

E tudo está bem no reino da Noruega.

Um grande beijo,
Mário Henrique

PS: Eu acho que ficou legal esse meu relato do que aconteceu ontem. Eu queria publicar algo sobre isso no meu blog. Você deixaria eu publicar esta nossa conversa?

8 Comments:

Blogger jan disse:

Psiu...
Já disse o quanto fiquei contente com isso, né?

quarta-feira, 09 agosto, 2006  
Anonymous Anônimo disse:

que medo
nao vou mais te mandar emails
q=

quarta-feira, 09 agosto, 2006  
Blogger Mário Henrique disse:

Eu pergunto antes, Banin...

Mas não se preocupe, eu já tenho material suficiente seu para publicar algumas coisinhas...

quarta-feira, 09 agosto, 2006  
Blogger Mário Henrique disse:

Eu pergunto antes, Banin...

Mas não se preocupe, eu já tenho material suficiente seu para publicar algumas coisinhas...

quarta-feira, 09 agosto, 2006  
Anonymous Anônimo disse:

Material meu vc nao tem! Hahaha!

Mas eu fiquei muito feliz com tudo isso. E depois gostaria de colocar alguns pontos pessoalmente.

Áisse!!

quinta-feira, 10 agosto, 2006  
Blogger Mário Henrique disse:

É Rodolfo... material seu eu não tenho mesmo...

A não ser um certo e-mail sobre uma missão para revitalizar o blog do Muranguinho... ou mais recentemente uma vídeo com você batendo palminhas em um auditório de televisão ao som de uma cantora Gospel.

quinta-feira, 10 agosto, 2006  
Anonymous Anônimo disse:

eu quero esse video!!!!!!
vc nao tem material do rodolfo pq ele nao gosta de mandar emails pras pessoas )+

quinta-feira, 10 agosto, 2006  
Blogger Bruno disse:

ahahahaahahaha isso foi foda

quinta-feira, 10 agosto, 2006  

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