Fiat Lux!
Tudo começa com uma coceirinha, algo quase imperceptível. Uma coceirinha ritmada e constante, mas muito fraca. Persistente e continua, a coceira aumenta e cresce. Algo deve ser feito. Sim, algo! Não mais temos uma coceira, mas sim um impulso. Algo deve ser feito! Então o impulso começa a ser filtrado, as mãos começam a modelar. A urgência de criar toma toda a energia e atenção e algo acontece: Fiat Lux! Faça-se a luz!
E a luz é feita. Ou talvez não seja uma luz que eu queira criar. As possibilidades são infinitas. Pode ser um som? Uma pintura? Uma construção? Uma jóia? Um texto? Um gesto? [Não]. [Não]. [Não]. [Não]. Sim! [Não]. Ok, um texto. Mas, que tipo de texto? Podemos criar um bilhete, um poema, uma multa de trânsito, um tratado sobre patê de ganso, um romance. As possibilidades novamente parecem não ter fim, mas, para que meu texto exista, devo negar tudo exceto uma possibilidade. Desse mar de "nãos", surge um único "sim", que novamente deve ser espremido para que outro "sim" saia, seguindo assim ad materia*. De uma única coceirinha, tiramos possibilidades infinitas e, somente ao concentrá-la, ao suprimi-la e defini-la, chegamos ao parto. O que chamamos de real somente o é porque não pode ser outra coisa. A realidade é a mais estática das formas.
É assim que todas as coisas deixam de ser meras possibilidades, fragmentos de sonhos, nuvens de idéias, e se tornam objetos concretos.
Desculpem pela metafísica.
*Latim de mentirinha, mas se eu não falasse, todo mundo acreditava.
E a luz é feita. Ou talvez não seja uma luz que eu queira criar. As possibilidades são infinitas. Pode ser um som? Uma pintura? Uma construção? Uma jóia? Um texto? Um gesto? [Não]. [Não]. [Não]. [Não]. Sim! [Não]. Ok, um texto. Mas, que tipo de texto? Podemos criar um bilhete, um poema, uma multa de trânsito, um tratado sobre patê de ganso, um romance. As possibilidades novamente parecem não ter fim, mas, para que meu texto exista, devo negar tudo exceto uma possibilidade. Desse mar de "nãos", surge um único "sim", que novamente deve ser espremido para que outro "sim" saia, seguindo assim ad materia*. De uma única coceirinha, tiramos possibilidades infinitas e, somente ao concentrá-la, ao suprimi-la e defini-la, chegamos ao parto. O que chamamos de real somente o é porque não pode ser outra coisa. A realidade é a mais estática das formas.
É assim que todas as coisas deixam de ser meras possibilidades, fragmentos de sonhos, nuvens de idéias, e se tornam objetos concretos.
Desculpem pela metafísica.
*Latim de mentirinha, mas se eu não falasse, todo mundo acreditava.
6 Comments:
Mário, porque diabos você continua escrevendo esses textos ocultistas. Você sabe que ninguém entende essas besteiras!
Ah... mas eu gosto...
confesso q nao comentei pq nao entendi mesmo
)=
Teria algo a ver com o lance das tais borboletas na barriga??? rsrrsrss bejao e entendi algo q. talvez nem vc q. escreveu tenha entendido.... adoro esse seu jeito!!! mas prometi q. so iria passar ler e dar um oi, entao.....OI!!! neta
Na verdade eu já queria escrever isso a um bom tempo. Esse texto é sobre cabala, basicamente.
Tinha escrito um abito coment legal e essa porra de pau...
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