Truth Doesn't Make a Noise
"We all become what we most deslike in this picket fence cartel"
- At The Drive-In, Picket Fence Cartel
Então, estava eu fazendo, mais uma vez, a coisa que mais odeio no mundo: pregando. Eu pregava sobre a necessidade do auto-conhecimento e de submergir nas questões do eu. Tudo havia começado com uma conversa normal, eu e o Quinho, voltando para casa do cinema, discutindo sobre alguns livros que vimos no shopping em alguma dessas mega-livrarias. Juro que começou de forma ingênua, quase infantil, mas quando menos percebi, meu discurso já estava inflamado e as palavras saiam como que atropelando umas as outras, e as afirmações de "você não está me entendendo" surgiam de tempos em tempos quando o outro tentava se expressar seguidas de longas explicações e analogias entediantes para qualquer um, menos para o orador. Eu não tive a intenção de fazer isso, mas fiz. Mais uma vez, eu fiz. Lembro-me dos longos discursos que minha classe de catequese teve que suportar de mim. Como eu devia ser chato. Quando eu começo a falar, quando começo a destrinchar algum assunto que amo, os calores da paixão me sobem até o último fio de cabelo, e tudo o mais vira um grande palco para mim. Por favor, não compreendam mal a idéia de palco com a necessidade de glórias, mas sim de um espaço para me expressar. Um lugar onde posso me despir e expor os mais nobres e complexos sentimentos. Um lugar que justifica a minha existência. E então me comparo com todos aqueles que gritam, todos aqueles que se julgam donos da verdade, todos aqueles que pregam e que condenam. Que grande erro o meu. Isso logo após eu ter censurado o Quinho por ter feito a mesma coisa com uma igreja evengélica no meio do caminho. A verdade é um sussurro, e, para ouví-la, deve-se fazer silêncio; deve-se escutar o mais leve dos pulsos, a mais frágil das vozes.
"You try to tell her what to do/ and all she does is stare at you/ her stare is louder than your voice/ because truth doesn't make a noise"
- The White Stripes, Truth Doesn't Make a Noise
E a cada dia percebo que sei menos do que acredito saber.
- At The Drive-In, Picket Fence Cartel
Então, estava eu fazendo, mais uma vez, a coisa que mais odeio no mundo: pregando. Eu pregava sobre a necessidade do auto-conhecimento e de submergir nas questões do eu. Tudo havia começado com uma conversa normal, eu e o Quinho, voltando para casa do cinema, discutindo sobre alguns livros que vimos no shopping em alguma dessas mega-livrarias. Juro que começou de forma ingênua, quase infantil, mas quando menos percebi, meu discurso já estava inflamado e as palavras saiam como que atropelando umas as outras, e as afirmações de "você não está me entendendo" surgiam de tempos em tempos quando o outro tentava se expressar seguidas de longas explicações e analogias entediantes para qualquer um, menos para o orador. Eu não tive a intenção de fazer isso, mas fiz. Mais uma vez, eu fiz. Lembro-me dos longos discursos que minha classe de catequese teve que suportar de mim. Como eu devia ser chato. Quando eu começo a falar, quando começo a destrinchar algum assunto que amo, os calores da paixão me sobem até o último fio de cabelo, e tudo o mais vira um grande palco para mim. Por favor, não compreendam mal a idéia de palco com a necessidade de glórias, mas sim de um espaço para me expressar. Um lugar onde posso me despir e expor os mais nobres e complexos sentimentos. Um lugar que justifica a minha existência. E então me comparo com todos aqueles que gritam, todos aqueles que se julgam donos da verdade, todos aqueles que pregam e que condenam. Que grande erro o meu. Isso logo após eu ter censurado o Quinho por ter feito a mesma coisa com uma igreja evengélica no meio do caminho. A verdade é um sussurro, e, para ouví-la, deve-se fazer silêncio; deve-se escutar o mais leve dos pulsos, a mais frágil das vozes.
"You try to tell her what to do/ and all she does is stare at you/ her stare is louder than your voice/ because truth doesn't make a noise"
- The White Stripes, Truth Doesn't Make a Noise
E a cada dia percebo que sei menos do que acredito saber.
8 Comments:
ahhhhh
ninguém está certo até que se provem o contrário...discussões são necessárias pra desabafar :D
ô Mário...
Discutir filosoficamente ainda é um dos meus esportes favoritos...
Olha só que legal... em poucas horas eu fiz a mesma merda novamente. Uhu! =(
Cara, eu sofro do mesmíssimo mal que vc!
Pelo menos nós sabemos disso... Tem gente que nem isso sabe.
Acredito que essa seja uma característica de poucos...
Semi arrogante isso, não?
Mas passa. Só porque somos os escolhidos! huahauahuahua.
Eu sempre era o último a ser escolhido no futebol.
Será que eu vou pro inferno?
Claro que vai, e antes que todo mundo porque: "Os últimos serão os primeiros!"
I say briefly: Best! Useful information. Good job guys.
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