15 julho 2006

Pr 9:10

Ontem eu fui a um funeral. O funeral de um amigo não muito íntimo, mas um amigo. Um ex-aluno de Crisma, irmão de um amigo e filho de uma grande amiga da equipe de catequese. Como disse o Quinho: "É estranho, porque ele está lá, mas não está mais". Sim.

Sentado em um dos bancos, velando, percebi que estava vivo. Não digo que soube que estava vivo, mas sim, tive que encarar que estava vivo. Quando eu penso em quão absurdo a vida é, na magnitude do universo e no tamanho acaso fez com que eu seja, com que eu exista, fico encantado e um pouco assustado. Não vou tentar explicar, e nem acho que seria possível. Isso é algo que eu sinto, mas não é algo que consigo entender. Estamos adormecidos, anestesiados. Nossas preocupações, nossos sonhos, crenças e expectativas, nossos problemas e urgências, tudo isso nos impede de ver, mas não de saber. Talvez seja melhor esconder-se atrás desse castelo de falsas promessas que chamamos de real. Talvez seja, mas ontem, por um breve momento, eu pensei o oposto disso.


Explodingdog - brain rot


"Como expectadores em uma sala de cinema, podemos viver uma fantasia por um tempo e esquecer que lá fora está escuro, frio e chovendo, mas cedo ou tarde teremos que abandonar nossos lugares (nossos assentos). E sob todos os medos está o medo de abrirmos a porta que esconde uma terrível verdade: que nós conscientemente, e com grande energia e persistência, escolhemos 'não saber'."
- Colin Low, Notes On Kabbalah (The Sephiroth: Binah, Chokmah, Kether)

5 Comments:

Blogger jan disse:

Estou aqui...

*silêncio*

sábado, 15 julho, 2006  
Anonymous Anônimo disse:

é...
é phoda
e como sempre, a gente só lembra disso quando somos lembrados...
ah, deu pra entender né

sábado, 15 julho, 2006  
Anonymous Anônimo disse:

Hum...tb so quero deixar registrado, que to aki... bjs neta

domingo, 16 julho, 2006  
Blogger Leósias disse:

É véi, sempre é foda, pro melhor ou p/ pior...

domingo, 16 julho, 2006  
Blogger Bruna disse:

Não que eu não goste de divagar sobre questões como essa - pq Deus sabe como eu gosto - mas cheguei à conclusão de que não adianta muito. Por mais que queiramos nos atentar para problemas como esse, sobre estar vivo e de fato, viver, ao vivermos em sociedade, temos que deixar isso meio de lado. Não é culpa de ninguém. Talvez do sistema.

Sei lá, digressiva e abstrata novamente pra comentar coisas.

Fica bem.

segunda-feira, 17 julho, 2006  

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