A Chuva
Foi uma cena digna de um filme do Roberto Benigni, mas antes de descreve-la, preciso relatar os antecedentes. Eu voltava de uma consulta à Dra. Miriam (Oftalmo), que fica na Rua Rouxinól, travessa da Ibirapuera. Lá eu peguei um ônibus para o Terminal Bandeira, mas antes disso quem me pegou foi uma bela de uma chuva. Ao chegar no terminal, resolvi seguir até a Pça. da Sé, já que a chuva havia parado faz tempo e eu não pensei que fosse apenas uma pausa para um lanchinho (para que voltasse revigorada). Chegando na Pça. da Sé, descobri que a fila para pegar o Elétrico estava realmente grande e decidi não pegá-lo. Dizem que a queda de Lúcifer deu-se devido seu orgulho. Não que ele não estivesse fazendo tudo certo, mas eu descobri que Deus não gosta muito de gente muito auto-confiante. Eu cometi o mesmo pecado do Anjo Caído e resolvi, uma vez que não havia mais chuva (e não haveria mais), voltar andando para casa (uns poucos 10 km, coisa simples pra quem sente dores no joelho). Logo no começo do caminho, uma pequena garoa começou a cair. Eu deveria ter voltado, mas, pecador que sou, segui confiante. A chuva aumentou e poucos passos depois já era impossível seguir. Cheguei em um viaduto e aguardei junto a outros que também fugiam da chuva. Havia um ponto de ônibus embaixo do viaduto, mas acho que devem tê-lo colocado lá há pouco tempo, pois nenhum ônibus parava ao meu sinal (principalmente o Jd. Vila Formosa com apensa 5 pessoas dentro). Após algum tempo me cansei e reolvi voltar para a Pça. Clóvis para tentar pegar o Elétrico ou qualquer outro que me levasse para casa. E foi aí que tudo desabou em questão de segundos.
Seguindo embaixo de chuva, com as meias ensopadas e 3 mil reais em equipamentos eletrônicos dentro da mochila, resolvi subir novamente a avenida para chegar nos pontos de ônibus da Pça. Clovis. A avenida estava meio alagada (meio?) e uma estreita calçada era a minha única vai para chegar onde queria. Foi então que, ao tentar seguir seu caminho, um ônibus elétrico estourou o cabo de força, parando naquele exato momento todos de sua raça. Não seria nenhum problema isso, pois ainda havia o Jd. Vila Formosa e o metrô me aguardando, porém o fio caiu exatamente na calçada que eu precisava atravessar. Eu vi a cena toda do melhor ângulo possível, mas não me abalei e resolvi continuar por uma ruazinha paralela. O vento aumentou e eu tentava impedir que o meu guarda-chuva virasse ao contrário. Tudo em vão. O ápice da coisa toda foi o riacho de risadas que começou a surgir do outro lado da rua. Voltei-me para lá e vi um prédio de uns cinco andares e com umas cinco janelas por andar. Todas as janelas estavam abertas e de cada uma saltava pelo menos a cabeça de uma criança, que ria e apontava para mim, gritando besteiras e tirando sarro. Pensei em responder algo, mas eu também não conseguia parar de rir. A cena era hilária e a risada das crianças continuou me seguindo enquanto eu enfiava as canelas nas ruas alagadas próximas a um posto de gasolina. Para a minha, não tão grande, surpresa, era impossível chegar até a Pça. Clóvis pelo caminho que eu havia escolhido. Para piorar, tudo estava alagado. Minha última esperança foi um taxista que abastecia no posto e que não se importou em levar um pato enxarcado para casa.
isso porque os planos eram de estar em casa antes das seis e dormir antes das oito. Well, shit happens. =)
Seguindo embaixo de chuva, com as meias ensopadas e 3 mil reais em equipamentos eletrônicos dentro da mochila, resolvi subir novamente a avenida para chegar nos pontos de ônibus da Pça. Clovis. A avenida estava meio alagada (meio?) e uma estreita calçada era a minha única vai para chegar onde queria. Foi então que, ao tentar seguir seu caminho, um ônibus elétrico estourou o cabo de força, parando naquele exato momento todos de sua raça. Não seria nenhum problema isso, pois ainda havia o Jd. Vila Formosa e o metrô me aguardando, porém o fio caiu exatamente na calçada que eu precisava atravessar. Eu vi a cena toda do melhor ângulo possível, mas não me abalei e resolvi continuar por uma ruazinha paralela. O vento aumentou e eu tentava impedir que o meu guarda-chuva virasse ao contrário. Tudo em vão. O ápice da coisa toda foi o riacho de risadas que começou a surgir do outro lado da rua. Voltei-me para lá e vi um prédio de uns cinco andares e com umas cinco janelas por andar. Todas as janelas estavam abertas e de cada uma saltava pelo menos a cabeça de uma criança, que ria e apontava para mim, gritando besteiras e tirando sarro. Pensei em responder algo, mas eu também não conseguia parar de rir. A cena era hilária e a risada das crianças continuou me seguindo enquanto eu enfiava as canelas nas ruas alagadas próximas a um posto de gasolina. Para a minha, não tão grande, surpresa, era impossível chegar até a Pça. Clóvis pelo caminho que eu havia escolhido. Para piorar, tudo estava alagado. Minha última esperança foi um taxista que abastecia no posto e que não se importou em levar um pato enxarcado para casa.
isso porque os planos eram de estar em casa antes das seis e dormir antes das oito. Well, shit happens. =)
3 Comments:
Rá!
Crianças podem ser terríveis quando querem, não acha?!
=***s
Pelo menos vc não escorregou e caiu com a bunda numa poça de água... Concorda?
:*
Cara, Murphy é realmente fiel...
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