22 novembro 2006

be god!

Em 23 anos de vida, nunca vi meu pai sem bigode. Dizem as lendas que, quando minha irmã aprendia a falar, ele resolveu tirar o bigode e o resultado foi que minha irmã não o reconheceu. Anos atrás ele quis fazer a mesma coisa, eu o incentivei: não entendia como uma coisa tão feia, um tufo de pelo em cima da boca, podia ser tão importante. Isso até hoje.

A Janaína estava de saco cheio de me ver barbudo e novamente perguntou se eu não iria tirar a barba. Fiz algumas brincadeiras, enrolei um pouco, mas me decidi a tirá-la assim que chegasse em casa. Eu menti, antes de tirar a barba, fui comprar 200 (duzenTOS) gramas de presunto na padaria e deixei o aparador de costeleta carregando. Quando voltei, e após ter comido um pãozinho, fui até o espelho e encarei meu destino. Comecei pelas costeletas, segui pelo maxilar e limpei o queixo. Tudo pronto, exceto o bigode, que deixei por último. Um enxague, para tirar o excesso de espuma do rosto e uma olhada no espelho. Ao ver meu rosto coberto apenas pelo bigode, tive uma das sensações mais estranhas de toda minha vida: eu sabia que aquele treco era ridículo, mas, ao mesmo tempo, apaixonei-me por ele na hora. Desisti de cortá-lo naquele momento. Resolvi ficar com meu bigode só mais alguns minutos. Saí mostrando pra todo mundo de casa e o pessoal aprovou (pudera, convivendo com meu pai, qualquer um se acostuma) e o tempo foi passando. Agora são 23 e 42 e eu ainda não consegui livrar-me do meu bigode, na verdade eu vou ficar com ele por bem mais tempo (talvez até mais tempo que meu pai). Já não consigo imaginar meu rosto sem ele. mas acho que isso já era de se esperar, pois o bigode é o elo (o único oficialmente aceito) que une meus dois ídolos: meu pai e Freddie Mercury.

be GOD!

12 Comments:

Anonymous Anônimo disse:

Malandro.

quinta-feira, 23 novembro, 2006  
Blogger Bruna disse:

O amor (já nem tão secreto) entre o homem e seu bigode...ai ai.
Gostei da parte de ter comido um pãozinho. Interessante, isso.

Mas, de boa, acho que vc deixou "os bigodim" de propósito, não foi acaso não... rs

=**s

quinta-feira, 23 novembro, 2006  
Anonymous Anônimo disse:

Não vou nem comentar.
Juro.
=X

quinta-feira, 23 novembro, 2006  
Anonymous Anônimo disse:

Mário, vc ta horrível!!!
hahaha
daqui a pouco vou começar a chamar vc de Seu Mário e vc vai perder o direito de usar o Henrique, ok????
bjinhos

quinta-feira, 23 novembro, 2006  
Blogger Shinkoheo disse:

esqueçeu mais um nesse elo , vc, seu pai, freddy mercury e o "Mário" Do big N UAhuHAUhaU

quinta-feira, 23 novembro, 2006  
Blogger tOk disse:

E viva o bigode!!!!

E vc esqueceu de mestre Zappa...

quinta-feira, 23 novembro, 2006  
Blogger Mário Henrique disse:

Calma aê gente, eu não tô de bigode não. Eu até que gostei de usar bigode, mas vou deixar isso pra quando eu iniciar minha carreira em filmes pornô.

Aliás, vejam como o bigode é mágico. Dois atores pornô fodões: Don Jeremy (bigodudo) e John Stagliano (sem bigode), o Buttman. Qual dos dois pegou Aids? Viu, o bigode é mais poderoso que a camisinha!

sexta-feira, 24 novembro, 2006  
Blogger Mário Henrique disse:

Era Ron Jeremy, mals aí...

"Jeremy spoke in class today!!!"

sexta-feira, 24 novembro, 2006  
Blogger tOk disse:

É, John Holmes tbm morreu de aids, não tinha bigode, mas tinha uma jeba que vou te contar, viu?

Outra, Ron Jeremy está entre as pessoas que podem praticar auto-felação. E isso é muita coisa, já que nem 1% das pessoas homens do mundo conseguem.

E vc ficou com cara de padeiro cafa, tá ligado?

e viva o bigode!!!

sexta-feira, 24 novembro, 2006  
Anonymous Anônimo disse:

ainda bem que não te encontrei assim...
ficou bem estranho...

segunda-feira, 27 novembro, 2006  
Blogger jan disse:

Não encontrou e nem vai encontrar.

terça-feira, 28 novembro, 2006  
Blogger Darth Gelidus disse:

lembrei do Alessio cantando "parecia infenssiva mas te dominou..." não sei porque...

Cara... você ficou igualzinho ao dono do buteco que fica do lado de casa... Se voce perder o emprego, da pra deixar o be god e abrir uma padaria...

quarta-feira, 29 novembro, 2006  

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