Você é Especial!
Temos uma grande necessidade de sermos especiais. E para ser especial, outros não podem ser. É como no diálogo mãe/filho no filme "Os Incríveis":
- Meu filhinho, todo mundo é especial.
- Isso só é uma forma de dizer que ninguém é especial.
É assim passamos o resto de nossas vidas buscando importância e valor. O engraçado, é que nunca estamos satisfeitos. Não importa nossas mães nos amarem, queremos que outras mulheres também vivam pela gente. Queremos ser cultuados e imortalizados por todos. É claro que isso não se aplica a todos nesse grau, mas, acredito que quem não deseja tudo isso, provavelmente seja por acreditar ser incapaz de atingir esse sonho. Incapaz de ser querido. Ou seja, o lado negativo da mesma história (da mesma vontade). O interessante (pra mim, é claro. pois afinal este é MEU blog) é que, por mais importantes que formos, ainda somos insignificantes. Mesmo os Beatles (eu ia citar o Hitler, mas deixei quieto) não passarão de algumas lembranças daqui a uns 500 anos. O mais longe que nossa memória vai, é até uns 8 ou 9 mil anos, antes disso, é só vazio. A identidade se perde no tempo. É interessante pensar que somos (como indivíduos) tão insignificantes que mesmo a idéia de insignificância é mais significante do que nós. A idéia de insignificância significa algo para grande parte (para não dizer todos) das pessoas, por incontáveis eras. Porém, você...
Como espero que possa ser percebido anteriormente, a nossa insignificância (e dessa forma, o desejo de significância) vem do nosso ego, da nossa identidade e autoconsciência. Nós nos percebemos diferentes dos outros ao nosso redor, acreditamos-nos únicos, especiais. Ninguém sente o que outra pessoa sente, portanto, ela não sou eu, e eu, não preciso me importar com ela da mesma forma que me importo comigo. Aliás, eu não posso, não conseguiria.
E assim a vida passa e a ilusão de eu é eternamente reforçada. É engraçado, mas eu, como Mário Henrique Perin Bernardo, tenho certa importância, pequena, mas existente. Como paulistano, a coisa muda um pouco, perco minha ilusão de Mário para ir para algo um pouco maior (e menos complexo) e minha significância aumenta. E assim também será se eu não mais for paulistano e virar brasileiro, sul-americano, humano, terráqueo, e por aí vai até eu não for mais nada, a não ser um com o mundo), um com o todo. Uma célula de um grande corpo. Mas eu ainda não me convenço que este seja o caminho, pois temos nossa consciência, e a massificação é algo altamente condenável. Uma massa disforme não faz um ser vivo. Cada célula, cada tecido e órgão, deve ter uma função, ou seja, uma identidade... Porém, desta vez, nossa identidade sabe que é importante, que é significante, mas também sabe da importância de cada um. Isso é o que chamo de harmonia.
- Meu filhinho, todo mundo é especial.
- Isso só é uma forma de dizer que ninguém é especial.
É assim passamos o resto de nossas vidas buscando importância e valor. O engraçado, é que nunca estamos satisfeitos. Não importa nossas mães nos amarem, queremos que outras mulheres também vivam pela gente. Queremos ser cultuados e imortalizados por todos. É claro que isso não se aplica a todos nesse grau, mas, acredito que quem não deseja tudo isso, provavelmente seja por acreditar ser incapaz de atingir esse sonho. Incapaz de ser querido. Ou seja, o lado negativo da mesma história (da mesma vontade). O interessante (pra mim, é claro. pois afinal este é MEU blog) é que, por mais importantes que formos, ainda somos insignificantes. Mesmo os Beatles (eu ia citar o Hitler, mas deixei quieto) não passarão de algumas lembranças daqui a uns 500 anos. O mais longe que nossa memória vai, é até uns 8 ou 9 mil anos, antes disso, é só vazio. A identidade se perde no tempo. É interessante pensar que somos (como indivíduos) tão insignificantes que mesmo a idéia de insignificância é mais significante do que nós. A idéia de insignificância significa algo para grande parte (para não dizer todos) das pessoas, por incontáveis eras. Porém, você...
Como espero que possa ser percebido anteriormente, a nossa insignificância (e dessa forma, o desejo de significância) vem do nosso ego, da nossa identidade e autoconsciência. Nós nos percebemos diferentes dos outros ao nosso redor, acreditamos-nos únicos, especiais. Ninguém sente o que outra pessoa sente, portanto, ela não sou eu, e eu, não preciso me importar com ela da mesma forma que me importo comigo. Aliás, eu não posso, não conseguiria.
E assim a vida passa e a ilusão de eu é eternamente reforçada. É engraçado, mas eu, como Mário Henrique Perin Bernardo, tenho certa importância, pequena, mas existente. Como paulistano, a coisa muda um pouco, perco minha ilusão de Mário para ir para algo um pouco maior (e menos complexo) e minha significância aumenta. E assim também será se eu não mais for paulistano e virar brasileiro, sul-americano, humano, terráqueo, e por aí vai até eu não for mais nada, a não ser um com o mundo), um com o todo. Uma célula de um grande corpo. Mas eu ainda não me convenço que este seja o caminho, pois temos nossa consciência, e a massificação é algo altamente condenável. Uma massa disforme não faz um ser vivo. Cada célula, cada tecido e órgão, deve ter uma função, ou seja, uma identidade... Porém, desta vez, nossa identidade sabe que é importante, que é significante, mas também sabe da importância de cada um. Isso é o que chamo de harmonia.
3 Comments:
a vida é uma coisa sem sentido.
ser especial é apenas para alimentar o ego, queremos que as outras pessoas sintam nossa falta, nos achem legais e bla bla bla por auto firmação.
tem muita gente que é especial. O que você diz das crianças com sindrome de down (hahahaha)
e tbm nao somos insignificantes. afinal, mudamos o curso de muuuuitas coisas no mundo. afinal, se nao estivessemos lá, teria sido diferente. pra melhor ou pra pior, mas diferente.
É claro que mudamos, você leu o texto até o final? Só que não somente você muda o curso, mas todos e tudo. Um grão de areia muda o curso de milhares de vidas. E, desculpe-me, mas você acha todos os grãos de areia especiais?
O porque eu escrevi isso vem agora, no próximo post...
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