E ai, beleza?
mais um texto gigante, filosófico e sem piadas óbvias (desculpe gente)
Entre todos os assuntos que escrevo (ou pelo menos, penso), meus favoritos são quatro: O Amor, A Verdade, Deus e o Caos. Para mim esses sempre foram os principais assuntos que deveriam ser compreendidos. Eles são os pilares do meu pensamento pois, a partir deles, todas outras coisas surgem. É interessante também perceber que eles quatro podem ser percebidos como diferentes facetas do mesmo. Todos eles falam a mesma coisa, porém de pontos de vista diferentes. Eu, até ontem, nunca soube dizer o que era isso que convergia os quatro assuntos em apenas um. Eu pensava apenas em uma idéia, um ideal, primário, mas não conseguia exprimi-lo de outra forma. Ontem eu percebi que o meu assunto favorito, aquele que une todos os quatro (e, por conseqüência, todos os outros) é a beleza.
De início achei um pouco estranho. A nossa concepção de belo é algo limitado e muitas vezes tende a algo fútil (na verdade, algo que acreditamos ser fútil). Para mim, por muito tempo, a beleza não passava de algo acidental, fruto do acaso. Por ser o mais alto valor, o ser humano busca o belo em si mesmo, pois deseja ser grande, e acaba repudiando a sim mesmo (e ao ideal de belo), pois confunde aparência com beleza. Devo confessar que existem pessoas que nascem belas e outras que não possuem tamanha sorte. A genética define alguns valores da pessoa, mas não é isso apenas que decide se ela é bela ou não.
Antes de continuar, vamos nos aprofundar um pouco no conceito de belo. A beleza não é algo [apenas] visível, mas sim puramente sensível. Os órgãos do sentido carregam informações para o interior do corpo, mas não as traduzem. A sensação de estar em contato com algo belo é divina. É uma sensação de elevação da alma, algo que nos faz sentir cada vez melhores e mais próximos de algo essencial. A beleza é o que nos aproxima de Deus. A aparência estética nos serve como um indicador de algo mais profundo, de uma beleza verdadeira, mas ela não é prova disso. Muitas vezes as pessoas que não são consideradas belas em um primeiro momento, se tornam cada vez mais lindas ao ponto que as conhecemos. A beleza não é apenas superficial e é isso que causa espanto em muitos, que se aproximam de pessoas consideradas verdadeiras beldades e descobrem que o encanto pela pessoa diminui a cada momento.
Outra coisa interessante de tomar nota está na diferença do ideal de beleza para o padrão de beleza. No primeiro está a manifestação do bom gosto e auto-conhecimento e no segundo, a falta de paladar e utilização do senso crítico. Cada pessoa diverge das outras em suas definições estéticas. Cada panela com sua tampa. Porém, como é comum, acabamos ignorando nossas opiniões em favor de uma opinião coletiva (e um busca por aceitação). Muitas vezes nem chegamos a descobrir quais são os nossos ideais estéticos, pois preferimos ser arrebatados pelas massas do que ter que defender uma opinião, nossa verdade. Conhecer seus gostos é conhecer a si mesmo. Conhecer a si mesmo é ser livre.
Existem pessoas que nascem belas e outras que nem tanto. Porém, ao se auto-conhecer e adequar todo o seu estilo (figurino, corte de cabelo, comportamento, grupo de amigos) à sua personalidade, essa pessoa se torna cada vez mais bela. Exemplo clássico disso é o Alessio, que fica cada vez mais bonito ao passar dos anos. A verdadeira beleza é contagiante e deixa tudo ao seu redor mais belo e mais vivo. A beleza é aconchegante, é amorosa ao mesmo tempo que é explosiva e invasiva.
Para que não pareça que me refiro apenas a beleza das pessoas, deixo aqui claro que a beleza é uma característica de qualquer coisa concebida ou imaginada. Somos criação e criadores e, sendo o segundo, temos o dever trazer a beleza das profundezas do não-manifesto, trazendo-lhe a vida. A beleza é o que nos torna melhores e criar o belo é a tarefa mais importante do indivíduo. Arte é toda e qualquer manifestação do belo, não importando a técnica. Não vou perder meu tempo pré-ocioso discutindo isso. Pois, afinal, é apenas minha opinião. Ser um artista é buscar a essência do belo, roubá-la (como fez Prometeu) e distribuí-la aos homens, tornando-os mais próximos dos altares celestes e do panteão. Devemos todos, então, tornarmos cada vez mais artísticos e menos eficientes. Que o único objetivo de nossos atos seja algo superior e não imediatista. Devemos também aprender a sonhar, pois são nos sonhos que entramos em contato com nosso verdadeiro, e caótico, eu.
Por hora é isto que eu acho.
PS: Se depois eu tiver saco pra isso, volto e deixo esse texto mais coerente (todo mundo sabe que isso não vai acontecer, né?)
Entre todos os assuntos que escrevo (ou pelo menos, penso), meus favoritos são quatro: O Amor, A Verdade, Deus e o Caos. Para mim esses sempre foram os principais assuntos que deveriam ser compreendidos. Eles são os pilares do meu pensamento pois, a partir deles, todas outras coisas surgem. É interessante também perceber que eles quatro podem ser percebidos como diferentes facetas do mesmo. Todos eles falam a mesma coisa, porém de pontos de vista diferentes. Eu, até ontem, nunca soube dizer o que era isso que convergia os quatro assuntos em apenas um. Eu pensava apenas em uma idéia, um ideal, primário, mas não conseguia exprimi-lo de outra forma. Ontem eu percebi que o meu assunto favorito, aquele que une todos os quatro (e, por conseqüência, todos os outros) é a beleza.
De início achei um pouco estranho. A nossa concepção de belo é algo limitado e muitas vezes tende a algo fútil (na verdade, algo que acreditamos ser fútil). Para mim, por muito tempo, a beleza não passava de algo acidental, fruto do acaso. Por ser o mais alto valor, o ser humano busca o belo em si mesmo, pois deseja ser grande, e acaba repudiando a sim mesmo (e ao ideal de belo), pois confunde aparência com beleza. Devo confessar que existem pessoas que nascem belas e outras que não possuem tamanha sorte. A genética define alguns valores da pessoa, mas não é isso apenas que decide se ela é bela ou não.
Antes de continuar, vamos nos aprofundar um pouco no conceito de belo. A beleza não é algo [apenas] visível, mas sim puramente sensível. Os órgãos do sentido carregam informações para o interior do corpo, mas não as traduzem. A sensação de estar em contato com algo belo é divina. É uma sensação de elevação da alma, algo que nos faz sentir cada vez melhores e mais próximos de algo essencial. A beleza é o que nos aproxima de Deus. A aparência estética nos serve como um indicador de algo mais profundo, de uma beleza verdadeira, mas ela não é prova disso. Muitas vezes as pessoas que não são consideradas belas em um primeiro momento, se tornam cada vez mais lindas ao ponto que as conhecemos. A beleza não é apenas superficial e é isso que causa espanto em muitos, que se aproximam de pessoas consideradas verdadeiras beldades e descobrem que o encanto pela pessoa diminui a cada momento.
Outra coisa interessante de tomar nota está na diferença do ideal de beleza para o padrão de beleza. No primeiro está a manifestação do bom gosto e auto-conhecimento e no segundo, a falta de paladar e utilização do senso crítico. Cada pessoa diverge das outras em suas definições estéticas. Cada panela com sua tampa. Porém, como é comum, acabamos ignorando nossas opiniões em favor de uma opinião coletiva (e um busca por aceitação). Muitas vezes nem chegamos a descobrir quais são os nossos ideais estéticos, pois preferimos ser arrebatados pelas massas do que ter que defender uma opinião, nossa verdade. Conhecer seus gostos é conhecer a si mesmo. Conhecer a si mesmo é ser livre.
Existem pessoas que nascem belas e outras que nem tanto. Porém, ao se auto-conhecer e adequar todo o seu estilo (figurino, corte de cabelo, comportamento, grupo de amigos) à sua personalidade, essa pessoa se torna cada vez mais bela. Exemplo clássico disso é o Alessio, que fica cada vez mais bonito ao passar dos anos. A verdadeira beleza é contagiante e deixa tudo ao seu redor mais belo e mais vivo. A beleza é aconchegante, é amorosa ao mesmo tempo que é explosiva e invasiva.
Para que não pareça que me refiro apenas a beleza das pessoas, deixo aqui claro que a beleza é uma característica de qualquer coisa concebida ou imaginada. Somos criação e criadores e, sendo o segundo, temos o dever trazer a beleza das profundezas do não-manifesto, trazendo-lhe a vida. A beleza é o que nos torna melhores e criar o belo é a tarefa mais importante do indivíduo. Arte é toda e qualquer manifestação do belo, não importando a técnica. Não vou perder meu tempo pré-ocioso discutindo isso. Pois, afinal, é apenas minha opinião. Ser um artista é buscar a essência do belo, roubá-la (como fez Prometeu) e distribuí-la aos homens, tornando-os mais próximos dos altares celestes e do panteão. Devemos todos, então, tornarmos cada vez mais artísticos e menos eficientes. Que o único objetivo de nossos atos seja algo superior e não imediatista. Devemos também aprender a sonhar, pois são nos sonhos que entramos em contato com nosso verdadeiro, e caótico, eu.
Por hora é isto que eu acho.
PS: Se depois eu tiver saco pra isso, volto e deixo esse texto mais coerente (todo mundo sabe que isso não vai acontecer, né?)
4 Comments:
Concordo, mesmo parecendo suspeito pra falar, hehehehehe...
Pra mim, ela continua sendo feeeeeeeeeeia!
¬¬
Anh?
Hã?? - Parte II
Postar um comentário
<< Home