19 março 2007

.Pontocom

mudamos!


Estamos atendendo em novo endereço: http://www.nonameshideout.com/. Novo layout. A mesma frescura de sempre.

 

13 março 2007

Umbrella


She'll say you are the one
She'll say she'll love you forever
But that won't last that long
Until you lose her umbrella

A love will live through pain
Will live through lot o' hella
But it won't last a rain
If you lose her umbrella

You know you'll have your kids
You know you will be grandpa
You know just where it leads
But please keep her umbrella


 

04 março 2007

Sapato 36

Não era para eu estar escrevendo. Pelo menos não agora. Não era para eu estar escrevendo, pois era para eu estar fazendo um pavê neste momento, mas não estou. O motivo pelo qual escrevo é o mesmo pelo qual não estou fazendo pavê: minha mãe.

Minha mãe é do tipo de pessoa que atrasa a evolução natural das espécies pois não permite que nada se desenvolva sem que ela aceite. Ela é uma pessoa extremamente castradora e orgulhosa, fazendo com que seus filhos se sintam cada vez mais inúteis e incapazes de atingir qualquer resultado em alguma atividade que ela possua algum tipo de conhecimento (principalmente as tarefas domésticas). Desde sempre é assim. Lembro-me dela voltando do trabalho e correndo até a escola para buscar-nos. Lá, ela conseguia, ao mesmo tempo, carregar o material escolar meu e da minha irmã (duas maletas pesadíssimas) e nos segurar pelas mãos. Tarefa complicadíssima, não? Grande mãe, não? Não! Muito besta, na verdade. Nós carregávamos o material pela escola o dia inteiro. Por que diabos não conseguiríamos carregar até a nossa casa? Porque perto dela somos menos. Nesta época eu tinha 7 anos e minha irmã 9.

Os anos foram se passando e a sensação de conforto (ter alguém que faz tudo por você) foi mudando em sensação de incapacidade. Eu não lavava um prato sequer, nem varria a casa, nem porra nenhuma. E assim foi até um dia, lá pros anos de colegial, que ela, meu pai e minha irmã viajaram para o Guarujá, para cuidar de uma construção da minha mãe. Eu tinha que trabalhar, por isso fiquei em casa sozinho. Durante aqueles dias eu cozinhei, lavei a louça e o quintal, varri a casa e apenas não lavei minha roupa. Quando eles voltaram, senti-me como um Deus. Eu sabia, eu podia, eu fazia! Pura ilusão, no dia seguinte a chegada deles, resolvi lavar o quintal. Minha mãe resolveu "ajudar". Ao final, ela gritava até espumar no canto da boca, pois eu não queria lavar o quintal do jeito que ela queria que eu lavasse. Porque se é pra fazer, tem que fazer do jeito certo, não?

Não vou estender meu lamento, mas eu sei que todo o progresso que atingi em tarefas domésticas e culinária, foi longe da minha mãe. Eu tenho várias histórias como a de cima. Neste momento, como já disse, escrevo pois não posso fazer pavê. E o pavê era para o aniversário da minha irmã. A receita fui eu quem arrumou, consegui com um pessoal do trabalho, e eu já havia feito anteriormente. Minha irmã tinha gostado tanto do pavê que havia pedido para que eu fizesse para ela de presente. Eu disse que sim. Portanto me programei para fazer hoje de manhã, apesar das reclamações da minha mãe, que queria fazer ontem a noite (desculpa moça, eu namoro no sábado à noite). Hoje eu acordo, desço até a cozinha e me deparo com duas gigantescas panelas com os cremes para o pavê.

É por isso que eu acho que o desenvolvimento só ocorre quando matamos nossos líderes e/ou mentores. Por favor, não sejam estúpidos ao pensar que falo de morte física.

Bem, era isso.

 

02 março 2007

Abordagem

Cabou de acontecer...

Estou eu chegando próximo a esquina de minha casa, passando por uma recém-inaugurada barraquinha de batatas-fritas, me questionando se o óleo que ela fritava as batatas era o mesmo óleo que ela usava com os pastéis (que quase todos os clientes ostentavam), quando, ao passar por uma dessas pessoas eu ouço: "Meu, eu adoro Weezer". Passei direto e somente depois de alguns segundos, me lembrei que estou usando uma camiseta da banda. Mesmo assim achei estranha a forma de abordagem e segui andando. A garota, que se vestia como uma das "Cansei de ser sexy" e pareceia ter realmente comido uma, havia me aberto um sorriso, como se me convidando para continuar a discussão. Eu, já na minha rua, não conseguia parar de achar graça da situação. O bizarro da situação não foi a abordagem, mas sim o método, extremamente internetês dela. Não sei, mas me pareceu exatamente a abordagem que uma pessoa faz a outra através do Orkut (quando não temos nenhum grau de relacionamento com a pessoa, ou amigos que tenham).

Sei lá, foi só isso mesmo. Mas achei engraçado. Só faltou ela me jogar um emoticon.