31 março 2006

Já que todo mundo faz...

E eu não tenho o que fazer...

Vamos lá...

Nome:



Sobrenome:



Idade:



Local onde perdu a Virgindade:



Um hábito ruim seu:



Fruta ou vegetal favorito:



Comida favorita:



Bebida favorita:



Animal favorito:



Cor favorita:



Lugar favorito:



Banda favorita:



Um filme:



Sua moda:



Seu humor:



Felicidade é:



Amor é:



Seu mundo é:





Ufa... cabou! Aposto que o Alessio vai querer fazer o dele quando ver esse.

31 de março

7 e meia da manhã. Estou acordado desde as cinco. Sem nada pra fazer, só arrumando as músicas e curtindo a solidão. É um daqueles momentos "calça de moleton" sabe? Confortáveis, tranquilos e suaves. Sem pressa pra nada. Fui dormir ontem às 9 da noite, com a mesma roupa que passei o dia. Aliás, ainda estou de jeans (e acho que vou ficar o resto do dia). Fucei bastante na net, alguns recados legais no orkut e um coração um pouquinho mais quente. O Boom Boom Kid me levou ao Street Bulldogs, que por sua vez, me trouxe de volta ao [International] Noise Conspiracy, que me jogou pro Nitrominds e agora estou no Hateen. Fazia tempo que eu não ouvia esse tipo de coisa. Ontem eu ouvi o novo do Helloween. Eu já o havia baixado faz algum tempo, mas nunca tinha reunido coragem pra ouvir. Tá ruim pacas, meio forçado sabe? Eles quiseram tanto revolucionar, ou melhor, voltar ao que foram (acho que revolucionar pode ter este sentido), que soou muito falso. É como o Dennis disse: "parece que eles fizeram a música e, em depois, em outro dia, voltaram e começara a encher de coisinhas a mais". Por falar no Helloween, e no Dennis, outro dia ele descobriu algo bem legal. Sabeo primeiro EP do Helloween? Então, tem a música Starlight, que começa com um cara ouvindo rádio (ou TV, nem lembro) e mudando de estação (ou canal) até começar a tocar a clássica "Happy Happy Helloween" que é instrumentalizada em "Walls of Jerico" e que, segundo o Dennis, faz parte do filme "Helloween 3 - Season of The Witch (alguma coisa da bruxa, em português)". Pelo que ele me disse, a música faz parte de um comercial de televisão que toca a todo momento e que é peça chave no filme. Legal isso, não?

Nossa, faz tempo que eu não escrevo um post assim, sem uma idéia central, somente fatos e sensações. Normalmente eu escrevo sobre um tema e tento ao máximo me prender a ele. E, mesmo quando conto uma história, ela tem aquela aura de moral (não boa, nem ruim, apenas moral). É gostoso assim.

Taí, pensar me faz mal. Só de buscar algo pra escrever, comecei a remoer idéias e acontecimentos, coisas que posso dizer e coisas que prefiro guardar e isso me dá uma sensação ruim no estômago. Vou parar por aqui. Acho que agora o blogger me dá mais um mês sem achar que o blog é improdutivo. Vai que alguém do MSB resolve invadir meu blog. Aliás, uma coisa legal na internet é que espaço improdutivo é espaço livre, e quem chegar, pode usar. Ou não, sei lá. Talvez.... ah.


Olha como eu sou legal, eu ouço uma banda que tem uma música chamada "Capitalism Stole My Virginity" - pontinhos de estilo pra mim ^-^.

 

09 março 2006

CAOStólico

Alguns de meus amigos Caóticos/Anarquistas/Subversivos de Plantão (e.g. Filhos do Caos) me perguntam como é que eu consigo ser Católico, se ao mesmo tempo tenho idéias tão próximas a deles. A pergunta é verdadeira, e justa. Quando pensamos na Igreja Católica, temos que nos lembrar de Ratzinger e de toda visão moralista/condenadora que sempre reinou na minha religião. Porém, isso é olhar superficialmente. A Igreja não é feita de senhores, mas de povo, de idéias, do desejo a uma vida maior e melhor. Resolvi então mostrar um pouco da igreja que acredito e que existe. Pensemos em Teologia da Libertação (mesmo não aceita), pensemos na PJ, pensemos na Pastoral do Menor e em todas Pastorais dedicadas a um trabalho verdadeiro e honesto. Pensemos no que diz essa Música de Comunhão:

Muito tempo não dura a verdade,
nestas margens estreitas demais,
Deus criou o infinito pra vida ser sempre mais!
É Jesus, este pão da igualdade, viemos pra comungar,
com a luta do povo que quer ter voz, ter vez, lugar!
Comungar é tornar-se um perigo, viemos pra incomodar!
Com a fé e a união nossos passos, um dia, vão chegar!


Sim, sou Católico, mas antes disso sou um ser consciente de meu mundo e de meus objetivos. Sabe, para mim, religião é igual a time de futebol, cada um torce pra um, mas todos tem o mesmo objetivo: fazer gols. O problema está em achar que meu time é melhor que o seu, de aceitar quando roubam pro meu time, de desmerecer as glórias do seu. De agredir quem o ofende, de matar. Os times, como as religiões, não precisam ser defendidos, sua honra e glória estão em outro lugar. Eu não gosto de futebol, mas gosto muito de religião, tanto que aprecio ver jogos de outros times (celebrações de outras religiões) e conhecê-los cada vez mais.


Nunzilla & Duck for a Walk - Russ Williams

 

06 março 2006

Mais uma vez - o amor.

O ato de amar é eterno. Era isso que dizia o adesivo colado no carrinho de pipoca em frente ao Shopping Jardim Anália Franco. Era um adesivo simples, de certa forma brega. Lembra um pouco aquela folhinha presa à parede no início (e no final) do clipe "Corpo Fechado" do Nasi. O ato de amar. Pronto, está aí uma coisa que me vem cutucando a mente a algum tempo e que não sussega enquanto não for entendido, como a unha encravada do meu pé esquerdo: as vezes esqueço dela, mas basta uma topada de leve que ela volta com força total. E não adianta tentar esquecer. Se não cavocar e arrancar de uma vez, não vai sumir sozinho.

Há alguns dias, pensando sobre o bendito do amor, comecei a imaginá-lo, não como um sentimento, mas como um ato, um verbo. Sabe, o amor não é algo passivo, não é um sentimento. Ninguém sente amor por alguém, nós amamos alguém. Diferente de raiva, ciúmes, paixão, tesão, frio, calor, e outros sentimentos, o amor é um ato. Amar é preocupar-se, é cuidar, é estar presente, mesmo quando ausente. Amar é pensar, conhecer, desistir e insitir. O amor é o coletivo de todos os verbos!Então eu posso dizer que o adesivo estava certo quando disse: o ato de amar.... Agora, será que o ato de amar é eterno?

Quando eu penso no amor, penso na entrega, na negação da própria vontade em função do amado. O amor não pede posse, e nisso é eterno, pois todas as posses se perdem algum dia. Então o amor é livre. O amante só o é realmente quando liberta o amado de seus desejos de dominação e eterna servidão. O amor não busca objetivos, mas isso não o torna eterno. Quando se ama, se ama a vida, pois onde existe o amor, existe o desejo de vida ao amado, porém, só existe vida onde existem mudanças. Viver é modificar e ser modificado. A existência é dinâmica e as pessoas que fomos ontem, não são as pessoas que seremos amanhã. E isso também se aplica aos nossos amados. Quando escolhemos alguém para amar ou não outro, estamos discriminando (diferenciando) o ser amado dos outros. Se isso acontece, deve haver (e ) algum motivo, alguma particuliaridade no amado, que o faça ser escolhido entre todos os outros seres vivos, mesmo que o próprio amante não tenha consciência disso. O amado é único para o amante, mesmo que esse tenha outros amados. Mas, se a vida é dinâmica, e as pessoas mudam, como posso amar alguém eternamente, se o motivo pelo qual eu amo essa pessoa pode mudar? Por exemplo, se eu amo alguém pelo sorriso, e de repente essa pessoa perde todos os dentes, eu ainda a amaria? Ou, se eu amo alguém pela forma como essa pessoa vê o mundo, eu ainda a amaria se ela pensasse de forma diferente? Se ele mudasse de opinião? Se for assim, o amor não pode ser eterno. Mas, quando li o ato de amar é eterno, não encontrei nada que dizia sobre amar alguém. Pode ser que o amor não seja algo direcionado a alguém, mas somente algo que se faz. Como respirar. Sendo assim, meu xará estava certo, amar é verbo intransitivo sim. Nós amamos como vivemos, como andamos, sem direção e sem nunca entender o porquê.

Será isso realmente o amor? Meu livro favorito diz que o amado é uma gota por onde os raios do sol brilham, transformando-se em diamantes, por onde toda a beleza é mostrada. Eu concordo com isso, porém, ele também diz que essa gota pode cair, e o amado perder seu brilho. Não quero concordar com isso. Prefiro o adesivo brega a aceitar que tudo o que vivo no amor não passa de um jogo de espelhos. Sem falar que amar, nessa forma, é um sentimento. E sabemos que o amor é um ato. É uma decisão, um gesto concreto. O amor existe porque eu o faço presente. O amor existe, porque eu amo. Se ele é eterno, não consigo responder ainda. Eu teria que viver toda a eternidade antes pra saber responder isso, mas, se existe algo capaz de durar tanto tempo assim, isso, com certeza é o amor. Posso então não amar durante toda a eternidade, mas amarei sim enquanto existir.


its so dark - exploding dog