31 agosto 2004

Dammit - Blink 182

It's alright
To tell me
What you think
About me
I won't try
To argue
Or hold it
Against you
I know that
You're leaving
You must have
Your reasons
The season
Is calling
And your pictures
Are falling down

The steps that
I retrace
A sad look
On your face
The timing
And structure
Did you hear
He fucked her?
A day late
A buck short
I'm writing
The report
I'm losing
And failing
When I move
I'm flailing now

And it's happened once again
I'll turn to a friend
Someone that understands
Sees through the master plan
But everybody's gone
And I've been here for too long
To face this on my own
Well I guess this is growing up
Well I guess this is growing up

And maybe
I'll see you
At a movie
Sneak preview
You'll show up
And walk by
On the arm
Of that guy
And I'll smile
And you'll wave
We'll pretend
It's okay
The charade
It won't last
When he's gone
I won't come back

And it's happened once again
I'll turn to a friend
Someone that understands
And sees through the master plan
But everybody's gone
And you've been here for too long
To face this on your own
Well, I guess this is growing up
Well, I guess this is growing up

Well, I guess this is growing up


 

28 agosto 2004

Enquanto eu cagava #01

Barba mal feita é opcional de fábrica

Ontem eu estava um lixo. Estava com roupas suadas, com o cabelo todo amassado na tentativa ridícula de escondê-lo atrás de um boné e com a barba muito mal feita. Nada agradável, o que só piorou meu estado de espírito. A situação estava tão crítica que chegou ao ponto de um colega de classe mais intimo virar pra mim e dizer: ¿Ei Chespirito, faz a barba, fica melhor¿ ¿ Chespirito é meu apelido na sala, só para informar os desavisados.

Meu cabelo estava uma zona porque estou deixando-o crescer, minha barba uma porcaria porque estou tentando deixar as costeletas crescerem, somente não tenho desculpas para minhas roupas, aquilo foi relaxo mesmo. Eu estar um lixo ontem, não foi culpa minha, mas somente algo que tenho que encarar se quiser ter a aparência que busco. Isso me fez pensar...

A vida é feita de sacrifícios. Somente vale a pena aquilo que batalhamos e conquistamos. As dificuldades nos ensinam a valorizar o verdadeiro sentido da vitória. O que vem fácil, vai fácil e, como diria a Larissa, ¿é o desafio que ensina¿. E isso é o que penso. Aliás, o que existe além da busca? Nada. O importante é a caminhada (já ouvi isso em algum lugar). Quem realmente se importa com o que vem depois da linha de chegada?

A tentativa, o erro, o drama do improvável, do impossível. Tudo isso é tempero para o ego do ser humano. ¿Eu é que não me sento no trono de um apartamento...¿, nem eu. As histórias acabam depois que os problemas são resolvidos, pois tudo além disso é tedioso, chato, cansativo, monótono. E é aí que estava eu ontem, um lixo porque tinha que vencer um desafio. Sofrendo pelo meu ideal. Ridículo, né?

Quem disse que a busca deve ser dolorosa? Quem disse que só há drama na dor? Tá certo que de mãos beijadas nada tem graça... Mas não estaria o desafio exatamente em superar a dor? Em domar o impossível com uma mão no ar erguendo o chapéu e rindo? Que venha o drama, mas que a miséria passe longe de mim. Acho que é mais ou menos isso a idéia que as quatro nobres verdades do Buda: 1° A verdade da existência do sofrimento; 2° A verdade da causa ou origem do sofrimento; 3° A verdade da cessação do sofrimento e 4° O caminho que conduz à extinção do sofrimento. Ou seja, o sofrimento só existe quando você o encara como tal.

Hoje eu voltei a escola. Roupa limpa, e bem mais classuda, cabelo lavado e tratado (sim, deixar o cabelo crescer não tem que ser um pesadelo) e barba cortada, deixando somente as costeletas à crescer. Devo confessar que as costeletas não ficaram perfeitas, já que ainde tem muito a crescer, porém, o desafio foi vencido... e com glórias! Eis aí a verdadeira vitória, a de batalhas.

 

19 agosto 2004

Top Ten - As dez coisas mais estúpidas que fiz na vida... so far

Todo mundo tem no mínimo uma coisa na vida que se orgulha profundamente de ter feito. Eu também. Mas eu tenho muito mais podres do que flores. E são deles que me orgulho. Fala sério, que graça tem um dez? São as coisas estúpidas que fazem a vida ter graça. Então, em homenagem a minha estupidez, um top ten das coisas mais ridículas e idiotas que já fiz em minha vida. Bem, pelo menos até agora... quem sabe o que o amanhã tem de idiota me aguardando?


10 - Ter bebido catuaba na Romero.

Esse dia me ensinou de uma vez por todas que a bebida pode ser prejudicial a saúde. Depois de uma garrafa inteira de catuaba na cabeça, eu, o Alessio e o Dragão saímos para uma volta na praça Sìlvio Romero. Lá, encontramos um trio de meninas muito feias, mas como o "embelezador" já estava fazendo efeito, nós paramos para conversar. O pior de tudo foi que ainda levamos uma bota das três graças (Desgraça, Sem-graça e Nem de Graça).


9 - Ter discutido com a Natalia Campos em frente a igreja por causa de uma música do Queen.

Quem me conhece, sabe que eu tenho a fama de discutir as coisas mais inúteis do mundo (como o oposto também). Dessa vez, eu estava discutindo com a Natália sobre a música Bycicle Race e uma outra que não me lembro. Uma discussão inútil natural, se não fosse pela grande estupidez minha de tentar ganhar a discussão argumentando que "nem mesmo a Carla e o Du (nossos formadores na igreja) estavam do lado da Natália". Grande erro! Eles distorceram toda a discussão somente para provar que eu estava errado (o que não estava, é claro!) e que eu era uma pessoa muito arrogante (isso sim é verdade!).


8 - Ter brigado com meus amigos durante uma viagem porque achei que ele iam matar meu cachorro

Em uma certa viagem clássica à Santos, durante a noite, o pessoal discutia sobre como eu ia ficar chato quando já fosse velho. Entre os comentários, surgiu que o meu cachorro, Koy, já estaria morto nesta época. Eu, que estava em estado de semi-sono, ouvi apenas "matar" e "koy" e, por motivos que só fizeram sentido para mim naquele momento, eu acordei e comecei a brigar com todo mundo por causa disso. Uma cena ridícula que teve como recompensa uma puta bronca chata do Gustavo (filho da Carla e do Eduardo... acho que isso está no sangue da família).


7 - Ter chamado o Ricardo Alarcom pra uma briga

Essa é estúpida. Uma vez, acho que na sexta ou sétima série, estavamos todos indo de uma unidade da escola para outra (a escola tinha três unidades: primário, ginásio e academia) e eu conversava com algumas meninas e elas disseram que eu só brigava com meninas (ou gente mais fraca, coisa parecida). Eu quis provar para elas que não, e me virei para o Ricardo e disse algo como "cai dentro", ou "vem pro pau" (mais provavelmente a segunda). Ele veio, me deu um murro e eu caí no chão com a maior cara de bobo.


6 - Ter feito, e cumprido, o acordo com o Thiago Baena

Esse foi um daqueles milhares acordos entre mim e muleques envolvendo vido-games. Não vou falar muito sobre isso, é patético, mas no final eu dei um acessório do meu vídeo-game (o rapid-fire... pronto carol, agora você sabe onde ele está - 1993) em troca de nada, só porque eu havia atrasado um dia. Eu sempre fui um péssimo negociador.


5 - Ter escondido o cartãozinho da Adriana

Na sexta série eu gostava de uma menina chamada Adriana Molari Augusto (isso que dá estudar em escola pequena, todo mundo sabe o nome e sobrenome de tudo mundo), e, como sou tímido, resolvi comprar um cartãozinho para ela. O cartão era um daqueles pequenos cartões do Garfield e dizia simplesmente "A pessoa que eu gosto" - na frente - "Acabou de receber este cartão" - dentro. Lindinho, não? É, mas eu tive vergonha de entregar o cartão à ela, mesmo depois dela ter ficado sabendo que eu tinha o cartão. Eu o carregava em minha carteira, e o que se seguiu foi uma série de tentativas dela de roubar o cartão (contando até com algumas bem engraçadas, com quando eu substituí o cartão por um falso). A classe inteira se entretia com isso. O resultado final foi que ela pegou, finalmente, o cartão e me deu... um fora! O pior, o fora foi em inglês! Meu, ninguém merece. Existem teorias que dizem que a culpa foi do meu péssimo timing para mulheres. Se for verdade, a maldição "deve" ter começado aí (porque pode ter começado antes).


4 - Ter xingado minha mãe

Essa é uma estupidez que o Alessio nunca vai me deixar esquecer. Foi bem simples, eu, ele e minha mãe estávamos conversando. Como sempre eu e ela começamos a discutir. Eu, muito estúpido e sem-noção, falei: "Pô mãe, cê tá de chico?". Não preciso nem dizer que tomei o maior tapa na cara que alguém já levou na história. O pior é que teve testemunha.


3 - Ter comido um batom inteiro

Eu era bem pequeno, mas como o Alessio disse a respeito disso: "Não justifica, foi idiota". Não me lembro direito, mas eu acho que foi em Monte Santo de Minas. Estavamos eu, minha irmã e duas crianças que eu não sei quem é (mas desconfio, era uma menina e um menino). Minha irmã tinha ganhado um batom com gostinho de morango, isso a gente sabia porque tinha aquele cheiro artificial que nem de longe lembra morango e também por causa da tampa que carregava um desenho de alguns morangos. Eu, para fazer graça, comi o batom inteiro e ainda disse: "Hum, tem gosto de morango mesmo". Minha irmã riu e reclamou ao mesmo tempo (coisa que só ela consegue fazer e ainda faz até hoje).


2 - Ter pulado na poça de água para poder ver o óculos 3d de um cara

Oswaldo de Vincenzo, período integral. A minha primeira série guarda histórias tão estranhas e bizarras, que aglumas nem lembro direito. Porém, existem aquelas que são tão ridículas que não dá para esquecer. Uma delas aconteceu na unidade da Rua Imbó após uma chuva. Estavamos eu, o João Paulo (filho da diretora) e o Antônio, os dois muito mais velhos que eu. O João Paulo tinha uns óculos parecido com os Óculos 3d do Master System, só que com luzes coloridas e tal, maravilhoso para uma criança de sete anos. As condições para que eu relasse em tal preciosidade eram simples: Pular diversas em uma poça de água da chuva. Eu pulei, pulei e pulei. Fique com as calças ensopadas e lembro que até tremia depois de tudo isso. No final os muleques tiveram dó de mim e deixaram que eu "mexesse" nos óculos. Que, no final, eram muito sem graça.


1 - Ter enfiado um grampo na tomada

É, é verdade. Aquela expressão "Enfia um granpo na tomada" deve ter sido criada depois de mim. Eu ainda estava no jardim de infância, na escola Bem-Te-Vi (que agora se chama Pequeno Ninho), lembro-me até da sala em que estava. Eu tinha um grampo nas mão e ficava cutucando a parede com ele a mando da Camila (é, as mulheres não tem dó mesmo, machucam até mesmo uma criança inocente como eu). Então eu, acidentalmente (um parenteses aqui: foi realmente acidental, juro!), enfiei o grampo na tomada. Não me lembro direito do choque, mas me lembro de uma explosão no mesmo lugar após muito tempo (meses, para mim). Eu não sei, mas devo ter sofrido algum tipo de experiência de morte, como rever toda a vida. Sei lá... O que importa é que desde então nunca mais fiz nada tão estúpido em minha vida.... Até hoje!

 

13 agosto 2004

NoNaMe's BiTES

Então a professora perguntou:
- O que você mais gosta, Joãozinho?
- De tu, professora.
Então a professora, toda orgulhosa disse:
- Ai, que lindo. Por isso vou comprar um refrigerante pra você. Qual você quer.
- Tota-tola.

Ha ha, muito boa... Manda ae Jamie...

After years of expensive education,
a car full of books and anticipation,
I'm an expert on Shakespeare and that's a hell of a lot but the world don't need scholars as much as I thought.

Maybe I'll go travelling for a year,
finding myself or start a career.
I could work for the poor though I'm hungry for fame

Agora é foda
we all seem so different but we're just the same.
we all seem so diferent but we're just the same

Maybe I'll go to the gym, so I don't get fat,
are things more easy with a tight six pack?
Who knows the answers? Who do you trust?
I can't event separate love from lust.

Nem eu cara... nem eu

Maybe I'll move back home and pay off my loans,
working nine to five answering phones.
Don't make me live for my friday nights,
drinking eight pints and getting in fights.

I don't want to get up, just let me lie in,
leave me alone, I'm a twenty something.

Maybe I'll just fall in love that could solve it all,
philosophers say that that's enough,
there surely must be more. Ooooh


Lord: - Porra NoNaMe, que barulheira é essa?
NoNaMe: - É o show do NoNaMe.... Iééééé!!!

Love ain't the answer nor is work,
the truth alludes me so much it hurts.
But I'm still having fun and I guess that's the key,
I'm a twenty something and I'll keep being me.


Agora todo mundo junto

doh dah duh dah, do duh dah dah dah
doh dah duh dah, do duh dah dah dah
doh dah duh dah, do duh dah dah dah
doh dah duh dah, do duh dah dah dah


I'm a twenty something.
Let me lie in, Leave me alone.
I'm a twenty something.

doh dah duh dah, do duh dah dah dah
doh dah duh dah, do duh dah dah dah
doh dah duh dah, do duh dah dah dah
doh dah duh dah, do duh dah dah dah


NoNaMe: - Valeu Jamie! Então, eu acabei de ver cães de aluguel e gostei muito. É como eu sempre digo: "Nunca confie totalmente em alguém. Só você mesmo morreria por você".
Lord: - Mentira! Você nunca disse isso.
NoNaMe: - Eu disse agora.
Lord: - Putz, ainda bem que o Dante não tá aqui. Se não, a discussão ia levar horas.
NoNaMe: - Ha, ha, ha... O NoNaMe é mal... O NoNaMe é mal...

 

12 agosto 2004

O Caos em Poucas Palavras

O caos, ao contrário do obvio, não é a desordem e abrir a mente para isso é meio caminho para entendê-lo. A ordem, aliás, surgiu a partir do caos. O caos pode ser traduzido simplesmente como vontade, ou melhor, como a vivência e manifestação de todas e quaisquer vontades e a harmonia entre elas.


O problema

Todos somos livres, todos podemos fazer o que queremos, quando queremos e sem necessidade de justificativa. O universo é um playground e o ingresso é gratuito. "Nada é verdadeiro, tudo é permitido" - diriam os caoístas.

Se todos podem tudo, o choque de vontades é inevitável, não? Imagine dois carros querendo passar pela mesma rua, na mesma faixa, na mesma velocidade e na mesma hora. Como isso aconteceria sem uma possível colisão? Ou pense em todas as vezes que você já quis que o mundo inteiro lhe obedecesse. Agora esqueça a idéia de dominar o mundo, você não quer mais isso. Seu ideal agora é viver na praia tomando água de coco. Maravilha, não? O problema é que outra pessoa ainda quer dominar o mundo todo - incluindo você. Ela quer lhe dar ordens e quer que você a obedeça. Isso o deixaria satisfeito?

Uma forma obvia de evitar que coisas assim acontecessem seria simplesmente respeitar as vontades alheias e ser respeitado em volta. Simples, não? É só não obrigar ninguém a fazer nada que ela não queira, certo? E é isso mesmo. Porém o universo não é tão simples assim e o choque de vontades existe desde o big bang e até hoje essa harmonia de vontades, o caos livre e pleno, permanece uma utopia.


A solução

Naturalmente algo deveria ser feito para que o choque dessas vontades fosse detido, ou pelo menos suavizado, para que eles não acabassem por se auto consumir. E algo naturalmente foi feito. A ordem foi instituída - de forma natural, como prega o evolucionismo - para que as vontades fossem controladas até que fossemos suficientemente conscientes do nosso verdadeiro potencial. A ordem é como um andador que, através das limitações, desenvolve nosso potencial para coisas maiores. Todas as leis do universo fazem parte da ordem. As leis da física, as leis da genética, leis morais e qualquer outra lei que possa existir. Adequando-se ao espaço e tempo, a ordem está presente em toda a parte como chiqueirinhos que protegem um bebê de se machucar.


O fim da ordem

A ordem nasceu para morrer, para deixar de existir. A ordem é o ovo do qual devemos nos alimentar e desenvolver, mas que devemos mais tarde nos livrarmos para continuarmos nosso crescimento. Isso não acontece, ou pelo menos ainda não aconteceu totalmente. Vivemos em uma sociedade dependente da ordem, viciada na ordem. Se isso não for mudado, ela provavelmente morrerá em sua própria placenta. Voltando ao exemplo do bebê e do andador, a ordem deve ser removida aos poucos para que a humanidade - e toda criação - continue seu processo de evolução.

Isso é uma tarefa difícil, Platão já imaginava as conseqüências de algo parecido em seu mito da caverna. Mas, querendo ou não, esse é o nosso dever. Temos que empurrar o Dumbo de cima da plataforma sem sua pena mágica para que ele perceba que é sua própria capacidade que o faz voar, e não algum artefato com poderes sobre-naturais.


O caos

O caos então nada mais é do que o nosso objetivo inicial: vivermos da forma que quisermos. Aquilo que chamamos de necessidades são somente pequenas tarefas que cumprimos para atingirmos nossos desejos. Somente comemos porque desejamos continuar vivendo, somente trabalhamos porque desejamos ter dinheiro, ou por que acreditamos naquilo que estamos fazendo. Não importam os motivos, eles sempre estão ligados às nossas vontades. Não existe nenhum objetivo em nossas vidas a não ser o de vivermos cada momento de forma feliz e satisfeita. Não existe linha de chegada. Seja livre e viva a vida da forma como quiser, e deixe - e encoraje - que todos façam o mesmo. Pois no final, como diria Sidmar: "A Natureza da Vida é o Caos".

 

10 agosto 2004

Uma carta nunca entregue

você,

As tristezas e decepções da vida nos tornam amargos. A falta de fé muitas vezes dá lugar ao excesso de trabalho. Talvez seja aí que me encontro, não posso dizer ao certo.

A escolha por um Deus que abrace todos e, ao invés de se fechar, abre-se cada vez mais, é uma escolha difícil. Quanto mais percebemos que Deus é a igualdade das diferenças, mais difícil fica aceitarmos as leis morais como verdades absolutas.

Ah, meu Deus, me escondi novamente em palavras.

O que quero dizer é:

Se as vezes minha luz parece não mais brilhar, não significa que ela se apagou. Existem tantas possibilidades. Mas, se você sente que minha luz está morrendo, não exite. Pode ser verdade, e tudo que eu precise seja somente um pouco da sua luz, a luz de Deus.

A vida é feita de momentos, você estava certa. Porém, o momento é eterno.

Fique em paz e trabalhe por um mundo melhor.

Seu amigo,

Mário Henrique 26/07/2004


Just for the record

 

09 agosto 2004

A natureza da mudança (minhas dores)

Viver é mudar, disso eu sei. Mas as mudanças as vezes tiram nosso chão, nos deixam sem saber onde pisar e como continuar vivendo. Como posso continuar sem minhas bases? A principal dificuldade é se desprender daquilo que era e aceitar o novo. Dói, dói muito. Eu mudo muito, e as pessoa também. A organização do meu mundo muda e me obriga a novamente mudar. Até onde é justo mudar? Até onde a mudança é pra melhor? E o que seria mudar pra pior? Saber que o egoísmo é quem define o bem e o mal tem doído muito para mim. Sei que não tenho direito de reclamar as mudanças. Não existem parâmetros de validação delas. As mudanças acontecem e pronto.

Mas as vezes eu gostaria que tudo parasse, ficasse calmo e tranquilo. A vida turbulenta não é para mim. A tempestade só é válida se houver um porto seguro nos aguardando. Eu acredito que esse seja o objetivo, pelo menos por agora eu acredito.

Eu quero voltar a olhar nos seus olhos e ver como o mundo pode ser bom.

 

05 agosto 2004

Obvious

Cada vez se torna mais difícil viver ao lado de meu pai. As atitudes, as reclamações, as birras. Tudo é tão difícil quando ele está envolvido. Eu o amo mais do que a maioria das coisas. As vezes até chego acreditar que esse amor venha da minha necessidade de atenção não suprida por ele. E eu já tentei de tudo, sendo sempre eu mesmo. Mas pelo jeito não é isso que ele quer. Mas o que é então?

Se eu fosse o único que sofresse com a dificuldade de viver junto a ele, repensaria (mais uma vez) a situação e tentaria mudar, mas isso não acontece somente comigo. Acredito que somente a Phoebe (a cachorrinha da minha irmã) é bem tratada por ele. Mas, quais são seus motivos? Será que isso é resultado da velhice? Do excesso de tempo ocioso? Ou será que ele sempre foi assim e ninguém nunca percebeu?

Eu tenho medo de ficar assim. Meu filho pode não ser tão compreensivo comigo como eu sou com ele, e eu não quer ter um filho que não me ame. Talvez amanhã eu consiga entendê-lo a amá-lo. Mas hoje não.

"I saw you again
I think you used me again
Should we try this before we give up and move on
And pretend to restore what we have and hold on
At times like this
It's obvious
How do we fix this if we never have vision?"
- Blink 182 (Obvious)

 

03 agosto 2004

Eu amo!

Eu amo... mesmo depois de tudo,
Eu ainda amo... E pelo amor vivo e luto.
Em você vejo o amor se revelar... Apesar de não ser a hora,
O amor ainda persiste... Em cada singelo momento de glória.
Se algum dia for, será... Mas se não, tudo bem.
O amor ainda existe... E eu ainda amarei.

Escolha? (ou dúvidas sobre escolha)

No banheiro eu tava relembrando uma vez que falei para um amigo homossexual: "Quando você virou gay" e ele riu da minha cara dizendo que não se escolhe ser homossexual, nasce-se assim. Mas, se as pessoas nascem assim, porque diabos chamam isso de opção sexual ou orientação sexual? Se o homossexualismo é a priori de qualquer escolha, como o classificam como opção? Será que esse foi um erro cometido pela ignorância dos classificadores, ou será que os homessexuais dizem, e/ou acreditam, nascer assim para aliviar a pressão social?

Não sei, mas isso tudo me fez questionar sobre nossa liberdade de escolha. Será que nós realmente escolhemos nosso estilo de música preferido, ou isso já é algo predeterminado? Eu, quando ouvi Iron Maiden pela primeira vez, me senti como se finalmente tivesse encontrado algo que sempre busquei. Será assim com os gays? Será assim com todo o resto? Se for, de onde vem essa predisposição? Da sociedade em seus diferentes graus - família, amigos, influências (voluntárias ou não), tendências globais? De existências anteriores? Serão elas genéticas, ou pelo menos biológicas? Serão elas formadas junto a alma? Não sei dizer, mas a única coisa que me parece razoável suficiente para ser tomada como um resultado de toda essa reflexão é que nossas escolhas não são totalmente nossas, não são individuais, pois elas são baseadas no nosso gosto. E gosto não se cria, se forma.

Cada vez mais me parece obvio que estamos tão intimamente ligados uns aos outros que a idéia de egoísmo se torna a cada momento mais intíma da ignorância.