31 janeiro 2006

Chato...

Eu não havia percebido, mas distorcemos completamente o conceito de chato. A palavra significa algo plaino, sem altura e nem profundidade; algo repetitivo e, por causa disso, repetitivo. O estranho é que quando chamamos alguém de chato, na verdade estamos dizendo que aquela pessoa não nos chama a atenção, o que não é necessariamente chato. Mas o que me fez realmente pensar na palavra, foi seu oposto, profundo. Muito das pessoas que tem o costume de rotular outras de chatas, não são mais nada do que isso: chatas. O chato, segundo elas, são aquelas pessoas que insistem em algum assunto, que buscam além do básico, além do comum. Quem analisa algo, com certeza é chato. O supérfluo virou legal e o profundo, chato? Professores são chatos, mas na verdade, chatos somos nós quando não os seguimos em sua explorações por mundos desconhecidos e conhecimentos alienígenas. Então as conversas de "só" e "tá ligado", "tipo assim" vão ganhando espaço e nosso mundo vira um repeteco das mesmas idéias e lugares comuns.

Pode parecer ridículo, mas são essas pessoas que controlam sua vida. Pessoas que não podem nem ser consideradas superfíciais, pois não tem profundidade nenhuma, mas sim chatas, verdadeiramente chatas.


FOREVER! - Exploding Dog


Now Playing: Waiting for the Moon to Rise - Belle & Sebastian

 

30 janeiro 2006

Self Esteem

Chego em casa cansado e molhado, o que era pra ser um dia mais cedo em casa tranformou-se em uma canseira dos infernos. Entro no meu querto e me deparo com um jornal no chão. Sim, a Phoebe mijou lá, apesar d'eu tentar evitar isso de todas as maneiras deixando meu quarto fechado. Eu sempre encontro coisas semi-interessantes nos jornais que a gente coloca pra sugar a urina da Phoebe. Dessa vez eu vi o nome de um artigo que me chamou a atenção. Era algo como "Beleza ou Personalidade". Não li o artigo, mas logo pensei: "É claro que vão dizer personalidade, mas no final o que importa é beleza". Depois eu percebi que a personalidade fazia um pouco da beleza, pensei naquele cara chamado Maria (ainda tenho que conhecê-lo direito), e como ele dizia que duas horas de coinversa fazia qualquer moça esquecer sua cara. "As feias que me desculpem, mas beleza é fundamental", coisa que Vinícius disse e que deve ser interpretado e refletido. Beleza ou Personalidade? Nobreza ou Liderança? Charme ou Dance? Quer saber, nenhum dos dois. Quem ganha mesmo é quem tem Confiança. Sabe como eu sei? Da mesma forma que Marx entendeu tão bem a natureza do dinheiro. Não tendo nenhum.


Am I Sleeping? - Exploding Dog


Now Playing: If You Find Yourself Caught in Love - Belle & Sebastian

 

29 janeiro 2006

Feliz Ano Novo!!!

Ontem foi celebrado o Ano Novo Chinês, e na Liberdade eles resolveram fazer um festão. Foi a primeira vez que fizeram isso, e não foi lá aquela coisa, mas eu gostei bastante. A parte mais legal foi que eu finalmente saí com a minha mãe. Sabe, meus pais depois que aposentaram, se trancaram em casa e jogaram a chave fora. É foda, ainda mais pra minha mãe que é uma mulher de iniciativa, linda e super divertida. Então, ontem nós saímos e eu fiquei super feliz. A comida tava meio vagal, comemos um arroz chop suey com frango xadrez que me lembrou um comercial norte-americano de uma rede de fast-food que tinha como slogan: "Where's the beef?". E eu me perguntando: "Where's the frango?". Minha garganta ainda não está 100% e eu tenho que estar bem segunda feira, por isso estou usando um cachecol cinza que cria toda uma imagem de pseudo-intelectual. Mas não vou negar, Pseudo-intelecutal forever!!!

Hoje a noite comecei a jogar Lineage II, é legalzinho, mas o server que eu tô jogando é cheio de bugs e laga toda hora. Eu queria mesmo é voltar a jogar ROSE Online, mas a grana tá curta. =(

Depois de um acesso consumista, comprei 3 cds e 2 eps do Belle and Sebastian. Agora minha coleção está completa! Quer dizer, até a Trama lançar mais coisas deles no Brasil.


Ei Mãe, cê tá olhando pra quem?

 

26 janeiro 2006

Novo Butão!

Essa eu roubei na cara larga do Kovixen de novo (Hey Laura, great blog, good luck on the baby!).

O contexto do post, e da campanha era lembrar as pessoas da importância de comentar nos blogues alheios, mas nada daquela coisa de "passei por aqui" e "te adoro". Não que isso seja ruim, mas é só me add no orkut pra deixar um bilhão de comentários sobre como eu sou legal e o quanto você me ama. Comentar em blogs, ou em qualquer forma de expressão, é fornecer um retorno (feedback) pro autor. É bom, gostoso, e faz bem. É, nem sempre, mas o que fazer com esse retorno já é responsa do próprio autor. Ele é o dono da peneira.

Depois de ter ficado quase um mês sem postar, fiquei também sem leitores. Agora eu tenho recebido bem menos comentários do que antes, mas não é algo que eu possa reclamar, já que eu não tenho lido meus blogs favoritos pra comentar neles.


Bem, é isso, comentem ou deixem os terroristas vencerem.


Coloquei essa imagem no ladinho do blog pra que ninguém se esqueça nunca mais, ok?

Rules to blogging by tony pierce

PS: Acho que a Laura vai ficar meio puta quando descobrir que eu tô puxando a imagem diretamente do servidor dela.

 

25 janeiro 2006

Why can't you realize...

...that even is just the name we use to call matching odds?


Kyle Ranson - Broken Heart

 

23 janeiro 2006

Do you want to?

Existem pessoas que possuem um comportamento tão rígido, uma aprecicação cultural tão repetitiva, que somente podemos desconfiar. Estou falando do Adriano, mas conhecido como Caolho, irmão do Quinho. Caolho é um cara tranquilo e calmo que somente ouve metal (em várias vertentes) e abomina qualquer outro tipo de música. Existem relatos (e uma fita VHS) que desmentem isso, pois segundo eles, Caolho já ouviu outros tipos de música sim, e se divertiu! Os relatos contam que durante o aniversário de 15 anos de Andressa Simões, Caolho foi flagrado dançando, o modismo da época, "Bate forte o tambor". Como não temos acesso as imagens e sempre pode-se julgar como boatos nossos tão verdadeiros relatos, encontramos outras provas do não-ortodoxismo no vídeo clipe da banda de rock alternativo Franz Ferdinand: "Do You Want To".

Que as imagens falem agora


Caolho sem óculos, em uma foto do orkut



meio desfocado, ainda tímido no início das gravações



quase no mesmo momento da foto anterior



pouco mais tarde, agora já curtindo e dançando


E, mais uma vez, a verdade foi revelada.

 

22 janeiro 2006

Luka!

Eu tava fuçando nesse blog aqui http://www.paulonapoli.blogspot.com/ por causa de umas paradas de Hakim Bey e outras coisas que nem vou ficar explicando pra não criar um post tão grande quanto o anterior. O legal foi que fuçando, uma hora o cara diz: "minha namorada Luka", mas voltando um pouco, lendo as coisas mais antigas, o nome da Luka é citado de novo, só que, naquela época, ainda era, "minha amiga Luka". Que fofo, não?


 

21 janeiro 2006

acidentes:.



É mais ou menos assim: eu quero escrever, tenho uma idéia legal (pra mim pelo menos) pra contar, mas não tenho vontade de escrever. Sabe, acho que é preguiça e receio de que a coisa não saia direito. Sem inspiração alguém poderia dizer, mas nessa hora eu lembro do Rodox e da montagem do Matanza, e do Alessio dizendo que para um jornalista, escrever independe de inspiração, e se torna algo mecânico (não com a idéia de algo feito sem sentimento, mas algo que flui em qualquer situação, sem coincidências cósmicas). Não sou jornalista, mas agrego essa idéia como algo geral. Por isso vou escrever. E também para tentar ser um pouco mais disciplinado, como a Elisa me propôs tempos atrás.

A pergunta é: Quem somos nós? Ou melhor. Como nos tornamos quem somos?

Estou lendo um livro de Kabbalah que mudou minha forma de ver o universo. O que o livro diz, não importa realmente, o que importa é que eu seria outra pessoa se não tivesse lido esse livro. O livro chama-se A Depth on Beggining (Notes on Kabbalah) do Colin Low, que eu baixei gratuitamente da Internet. Eu comecei a ler esse livro muito tempo depois de tê-lo baixado, quando nem mais se lembrava de sua existência. Um dia, fuçando nos meus e-books (baixa-se muita coisa, lê-se pouca), encontrei um arquivo chamada NOK.pdf. NOK é Notes on Kabbalah, mas eu não me lembrava na época. Por isso, abri o arquivo. O que me fez persistir, foi a curiosidade pelo significado do nome Sephiroth, que é um personagem de Final Fantasy VII, jogo que adoro. Aliás, eu baixei o livro em primeiro lugar, por causa de um web comic chamado 8-bit theatre, mas especificamente do episódio 044, que mostra umas imagens muito loucas de fundo, as quais, em algum lugar do site que não me lembro, o autor dizia ter pegado do site do livro. Por isso peguei o livro.

Porém, agilizando as coisas, eu só fiquei sabendo do web comic pela Larissa, na época do primeiro HiDEOuT (e ela tinha o Garbage Can). Eu só me interessei pelo 8bit por causa do Robson, que me fez jogar FFVII pela primeira vez na casa dele. A Larissa eu conheci na Animanga, lugar que o Sid me levou pra trabalhar. O Sid eu conheci porque ele estudava na mesma escola que a Lidia, a menina que ele gostava naquele tempo. A Lidia jogava RPG com a gente em um grupo que o Alessio formou. Ele foi chamada pela Cristina, que foi uma menina que o Alessio chegou até a namorar. Alias, minha primeira experiência nesse mundinho adolescente de ocultismo aconteceu nessa escola que esse pessoal estudava. A Cristina era uma amiga da Camilinha (adivinha onde a Camilinha estudava?) e a Camilinha, uma amiga do Alessio da igreja. Os três estavam numa festa de aniversário da Camilinha, e foi assim que o Alessio conheceu a Cristina. Além do Alessio, a Cristina também namorou o Robson, e foi assim que todo mundo se conheceu. O Alessio é um meio primo do Fabinho, que morava aqui em frente de casa. Conheci ele por um vídeo de bobeira, imitando um antigo programa de tv chamado Bad Tv, que eles fizeram juntos. Tempos depois eu me interessei pelo card game Magic, the Gathering, que por acaso ele jogava. Ele me ensinou a jogar e pouco depois eu comecei a fazer inglês com ele e o Fabinho. Mas nós só ficamos realmente amigos quando eu comecei a frequentar a mesma igreja que ele e a jogar no mesmo grupo de RPG (onde estava a Cristina e a Ligia e, mais tarde, depois que eu já havia saído, o Robson).

Não vou contar como fiquei amigo do Fabinho, nem como virei católico, mas acho que já deu pra perceber que foram milhares de eventos que me levaram a ler o livro de Kabbalah. O que eu quero dizer desde o início é que nossas vidas são um emaranhado de acidentes, ou acontecimentos randômicos, que não podemos dizer, com certeza que temos uma personalidade própria. Nós somos um resultado de milhares de processos, os quais, em sua maioria, não temos nenhum controle. Sim, é claro que existe uma predisposição para umas coisas e não para outras, mas quem não garante que nem isso seja resultado de outros acidentes.

O que eu tento falar é que não somos especiais. Não somos melhores nem piores. Isso porque, simplesmente, não temos controle. Não que realmente devemos deseja o controle, mas aceitar que não existe nada de especial no mundo, a não ser as experiências que vivemos e o que de melhor tiramos delas. Ou seja, nós somos fruto do acaso, por isso, a única coisa que temos a fazer, é divertirmos-nos, da melhor maneira que pudermos.

VERSÃO PARA DUMMIES (pra quem não quer ler tudo isso): Uma série de acidentes determina quem somos, por isso não devemos perder tempo acreditando que somos melhores ou mais especiais que os outros. Vivemos a vida e sejamos felizes.

 

17 janeiro 2006

Reflexões



Existe um ditado (do Tio Ben) que diz: "Grandes poderes vem com grandes responsabilidades". Isso é óbvio, mas existe uma crença, uma quase lei, no mundo ocultista que diz que não podemos utilizar nossos poderes para nosso próprio ganho. Essa crença diz que toda habilidade fora do comum, muitas vezes classificada como mágica, somente deve ser usada em prol de um bem maior, de um objetivo altruísta (no sentido básico da palavra). É claro que se uma pessoa pode fazer algo para fazer do mundo, um lugar melhor, esse é o seu dever (da mesma forma que não devemos defecar no prato), mas isso não significa que ele deva ignorar seus ansêios e vontades. Se um garoto consegue realizar viagens extra-corpóreas, por que devemos condená-lo por querer apenas visitar a casa da namorada? Se alguém tem o poder de diminuir a velocidade do tempo, por que não usar isso para chegar em casa a tempo de assistir a novela? Sei que existem riscos e preços a serem pagos (para tudo existe), mas, pensemos num ser humano comum (como eu e você). Ele tem pernas, certo? Se ele tem pernas, pode escolher andar ou não. Escolhendo andar, ele pode abusar delas sem motivo algum. Pode ir para lugares inúteis como pode levar um recado vital a outra pessoa (eu usaria o telefone). Não importa o uso que se faz das pernas, elas pertencem ao indivíduo e ele escolhe como usá-las. Se uma pessoa desenvolve habilidades sobre-comuns, que ela a utilize para sua própria vontade, e não atrapalhe a vida de ninguém. O que seria realmente bom é se essa pessoa trabalhasse sua vontade ao invés de dar vasão a todos seus desejos. Pois um homem livre é senhor de suas vontades e prazeres.

Outra coisa que me veio a cabeça é a idéia de real. Se alguém começar a refletir, temos como real tudo aquilo que de alguma forma, afeta um (ou mais) dos cinco sentidos. Se eu vejo, é real, se cheiro, é real, se ouço, toco ou degusto, é real. Isso faz com que as minhas idéias, pensamentos e sonhos sejam falsos, parte da minha imaginação, não-reais. É interessante pensar então que consideramos real tudo ao nosso redor, menos o que está dentro de nós mesmos. Acreditamos mais em uma foto do que numa imagem em nossa cabeça. Criamos um abismo tão grande que nos parece impossível algo vindo de nossas cabeças se tornar real. Isso é preocupante pois cristaliza a nossa capacidade criativa e retarda nosso processo de evolução mental. A mente é real. E, ao contrário do conhecido slogan: A mente NÃO mente.

 

16 janeiro 2006

mãos


Da fonte brota água. A mão se fecha em concha, mas não consegue conte-la. A pressão da queda da água é muito grande para uma mão tão pequena. Uma outra mão, não oposta, mas complementar se junta a ela e juntas se enchem d'água. Logo as mãos estão cheias. A água transborda, é verdade, mas água nova brota continuamente da fonte. De repente, elas se afastam. Elas já tem a água que precisam. As mãos estão cheias, não há mais nada a se fazer. Elas se afastam da fonte e quase nem percebem que embaixo delas a água goteja enquanto lentamente cái pelos seus dedos. De gota em gota, as mãos vão se secando e, um dia, elas percebem que estão vazias. A água acabou. Não existe mais motivo para as mãos ficarem unidas. Não existe mais um objetivo comum, não existem sonhos. As mãos se separam, outras vezes continuam juntas, mesmo secas e infelizes. Na memória somente lembranças e a pergunta: onde foi que deu errado?

 

14 janeiro 2006

Aê Koopa (Bowser)


"A casa caiu pro seu lado véio. Melhor você devolver a Princesa Toadstool rapidinho ou você vai tomar um Pula-Pirata.
Ass: Mario"

 

11 janeiro 2006

Todos os Cães Merecem o Céu



1993 - 2006: Descanse em paz, Koy Véio!