29 agosto 2005

Um aprofundamento no assassinato de vacas

Existe aquele conto sobre os dois monges, a família pobre e sua vaquinha. Sabem qual é, não? Bem, para quem não conhece, a história é esta aqui:

"Um Mestre passeava por uma floresta com seu fiel discípulo, quando avistou ao longe um sítio de aparência pobre e resolveu fazer uma breve visita. Chegando ao sítio, constatou a pobreza do lugar: sem calçamento, casa de madeira, os moradores, um casal e três filhos, vestidos com roupas rasgadas e sujas. Então se aproximou do senhor, aparentemente o pai daquela família, e perguntou:
- Neste lugar não há sinais de pontos de comércio e de trabalho. Como o senhor e a sua família sobrevivem aqui?
E o senhor calmamente respondeu:
- Meu amigo, nós temos uma vaquinha que nos dá vários litros de leite todos os dias. Uma parte desse produto nós vendemos ou trocamos na cidade vizinha por outros gêneros alimentícios e a outra parte nos produzimos queijo, coalhada, entre outras coisas para o nosso consumo, e assim vamos sobrevivendo.
O sábio agradeceu pela informação, contemplou o lugar por uns momentos, depois se despediu e foi embora.
No meio do caminho, voltou ao seu fiel discípulo e ordenou:
- Aprendiz, pegue a vaquinha, leve-a ao precipício ali à frente e empurre-a, jogue-a lá embaixo.
O jovem arregalou os olhos espantado e questionou o mestre sobre o fato da vaquinha ser o único meio de sobrevivência daquela família, mas, como percebeu o silêncio absoluto do seu mestre, foi cumprir a ordem. Assim, empurrou a vaquinha morro abaixo e a viu morrer. Aquela cena ficou marcada na memória daquele jovem durante alguns anos, ate que, um belo dia, ele resolveu largar tudo o que havia aprendido e voltar aquele mesmo lugar e contar tudo aquela família, pedir perdão e ajudá-los.
E assim o fez. Quando se aproximava do local, avistou um sítio muito bonito, com árvores floridas, todo murado, com carro na garagem e algumas crianças brincando no jardim. Ficou triste e desesperado, imaginando que aquela humilde família tivera que vender o sítio para sobreviver.
Apertou o passo e, chegando lá, foi logo recebido por um caseiro muito simpático e perguntou sobre a família que ali morava há uns quatro anos. O caseiro respondeu:
- Continuam morando aqui.
Espantado, entrou correndo na casa e viu que era mesmo a família que visitara antes com o mestre. Elogiou o local e perguntou ao senhor (o dono da vaquinha):
- Como o senhor melhorou este sítio e está tão bem de vida?
E o senhor, entusiasmado, respondeu:
- Nos tínhamos uma vaquinha que caiu no precipício e morreu. Daí em diante, tivemos que fazer outras coisas e desenvolver habilidades que nem sabíamos que tínhamos, assim alcançamos o sucesso que seus olhos vislumbram agora..."


Para quem não conhecia a história, o post termina aqui. É uma boa hora de refletir sobre sua vida, sobre como podemos melhorá-la e o que deve ser feito para isso acontecer. Tenha um bom dia!

Agora, para quem já tava até enjoado de ouvir a história, aqui vão meus comentários:

Já perceberam que virou moda dizer que: "Tenho que matar a minha vaca?". Todos aqueles familiarizados com o assassinato da pobre vaquinha adoram olhar para os dias ruins e dizer: "chegou a hora de matar minha vaca". Mas, não era um dia ruim para a família. Aliás, eles estavam até muito satisfeitos, tão satisfeitos que se acomodaram. Então a vaca morreu e tudo ficou ruim.

E nós, realmente desejamos passar por mais dificuldades quando dizemos que: "precisamos matar uma vaca"? Ou na verdade queremos é que os problemas se vão?

É, parece que mais uma vez, um grande ensinamento virou muleta. Tenho amigos que estão passando por fases extremamente difíceis da vida agora e reclamam de sua miséria. Porém, estes mesmos amigos, diziam a pouco que: "chegara a hora de matar a minha vaca". Ah, falemos sério. Alguém aqui quer realmente matar uma vaca? Alguém aqui realmente pretende se sacrificar por algo que talvez nem dê resultados positivos? É claro que não. Ninguém mata a própria vaca, e é isso que a história ensina. As vacas morrem, e nem sabemos como elas morreram, só sabemos que algo tem que mudar. E é a partir daí que as coisas começam a melhorar, quando não há nada para se segurar e muito para se conquistar.

E isto também passará.

 

27 agosto 2005

If I Die Laughing, It'll Be An Act Of God

Liguem o botãozinho do caos antes de ler isso, e divirtam-se

If I Die Laughing, It'll Be An Act Of God
Skyclad

It's revelation reveals -
divine comedy (and more),
please welcome your four hosts -
death, famine, pestilence and war.

You say that we are all Gods' children, can you please explain -
how any father could inflict his children so much pain.
I'm sure he finds it funny - but I fail to see the joke,
I bet he'll piss his breeches when we all go up in smoke.

Life's one big disaster, I hear the sound of laughter coming from the hereafter, (I find it kind of odd)
we're stooges for Jehova, he loves to knock us over - so if I die laughing it'll be an act of God!

Thunderbolts were once his style
It's now malignant tumours,
I wonder what he'll think of next
to test my sense of humour?

You said I must accept his will - that God will spare the weak,
I bet those tears aren't tears of laughter running down your cheeck -
when you are stood right there beside me (egg upon your face),
your precious soul floats with the dust back home in outer space.

 

25 agosto 2005

Meu amigo Rodolfo

Ele era uma criança quando o conheci. Juro que não gostei dele, o achava inútil, peso morto, sabe? Tinha a Elisa, toda pseudo-intelectual; o Felipe, mais empolgado do que tudo; e o Rodolfo, não fedendo nem cheirando. Fiquei muito amigo do Felipe, cheguei a considerá-lo irmão. Namorei a Elisa, minha única namorada oficial até hoje. Mas é do Rodolfo que tenho as melhores lembranças e o maior carinho.

De início ele só conversava comigo a respeito de Pokémons. Queria saber como se vencia tal inimigo, como passar de tal fase. Passou muito tempo e as conversas foram progredindo, mas não muito. Houve um dia em que ele me perguntou se era apensa um coadjuvante, um irmão do meu amigo, ou se era algo mais. Respondi que não, pois, naquele momento, ele havia conquistado seu espaço, criado e imposto sua identidade. Ele era meu amigo.

Não sei quando, nem como, mas com o passar do tempo, ele foi aumentando seu espaço em meu coração cada vez mais. Suas atitudes se provavam cada vez mais honradas e nobres. Um cara valoroso, sabio e companheiro. Porra, ele tava lá quando eu caí, e também estava lá para me puxar de volta ao chão. Foi ele quem testou minhas palavras quando elas soaram vazias, e foi ele quem sempre perguntou se eu estava bem, e a honestidade em sua voz foi sempre uma das coisas mais verdadeiras que já presenciei em toda minha vida.

Não digo que ele é meu melhor amigo. Tenho tantos amigos ultra especiais, que seria errado escolher somente um. Mas digo que ele é um dos meus amigos que mais admiro. Ele é um cara que merece toda a falicidade do mundo, porque é um dos poucos, hoje em dia, corajoso o suficiente para construí-la.

Alias...

Voltando ao assunto do "Desligue a televisão e vá ler um livro":

Vá ler um livro o caraleo! Que merda é essa? Arranje um emprego, entre em uma faculdade, encontre uma menina decente e vá ler um livro! O que é isso, a fórmula da felicidade? Cadê o direcionamento? Cadê o acompanhamento? Quer dizer então que qualquer emprego vale? Se a menina for decente, caia matando? (não existe essa história de decência, o que existem são pudores e padrões sociais) E desde que seja impresso e sem figuras, é bom?

Ah, vãopraputaqueospariu! Aí está mais uma prova de que os "Senhores do mundo" são uns merdas e todos aqueles que exercem algum poder sobre nós, não sabem o que fazer com ele.

Quem sabe o que é melhor, é aquele que paga o pato.

Muito mais vale um Eisner do que uma Zibia, um Raul do que um Spencer Johnson, um Monty Phyton do que um Dan Brown. E por aí vai...

VMB

Já perceberam que a maioria dos clipes que concorrem na categoria "Revelação", "Rap" e "Qualquer outra coisa que não seja Disk MTV ou Pulso", só são exibidos na televisão tempos antes do VMB. Acho que é para as pessoas pelo menos terem uma idéia do que é que eles estão votando.

Eu gosto bastante da MTV - e falo isso mesmo sabendo que posso ser linchado por uma legião de poserzinhos hardcore (bonezinho virado para o lado é essêncial!). Mas ultimamente ela tem ficado uma merda. Acho que é porque eles resolveram colocar aquela campanha idiota do livro durante o único horário "bom" dela (das 7 às 9 da manhã).

Agora pra você, uma imagem do "Cansei de ser Sexy". Só pr'eu fingir que sou descolado.

 

18 agosto 2005

Guardian, Guardian, Guardian of the Blind!

Olhem só o que encontrei no site do Blind Guardian:

Hello,

here is a short update about what is going on at the moment:
Frederik did some kick ass drum arrangements for the new songs and now Oliver Holzwarth has started working on the bass arrangements. At the same time André, Marcus and I are fixing final arrangement issues but basically we have finished the biggest part of composing. We are going to start the production for the new album somewhere during the last days of August. As you can imagine everyone is highly motivated, excited and of course ready to go.

This is a a very rough schedule for the next months:

* Late August - End of November:
o Recordings
o Mixing of the first single Videoshooting
* December - January:
o Mixing
* February/March:
o Promotion
o Release of the first single
* April/May:
o Release of the album and Warm up shows
* June - August:
o Warm up shows
o South America
o Japan
o Release of the second single
* September - October:
o Europe
November:
o Japan
o Australia
* December - February:
o USA, Mexico and Canada


We will keep you informed.

Hansi


Caráleo! Show do Blind ano que vem!

 

14 agosto 2005

Mário na balada ontem (segundo a imaginação da Ana Karina)


É, acho que foi mais ou menos isso.

Um beijo

Uma vez estava eu na missa, junto a um amigo que chorava (por motivos que não importam a este texto), pensando em como consolá-lo, em como tirar dele aquela dor e aquecer seu coração. O meu procedimento, pensei então, seria o padrão: Conselhos. Desde sempre, lembro de eventos em que ajudei pessoas a se sentir melhor, a solucionar problemas, a encarar melhor a vida, com minhas palvaras. Com o passar do tempo, as palavras começaram a sair de forma automática. Eu era um conselheiro. Porém, naquela manhã de domingo, não parecia caber nenhuma palavra que pudesse ajudá-lo. Mesmo assim, o discurso começava a se formar em minha cabeça. Eu tinha que suceder de alguma forma, não podia observar tudo aquilo calado. Não podia deixa um amigo na mão.

Foi então que uma menina, sua aluna de catequese, virou se para ele, mandou-lhe um beijo e sorriu. Eu já havia começado a professar minha sabedoria (minha tão grande sabedoria), mas então calei-me. Não havia mais nada para falar. Tudo havia sido dito. Confesso que comecei a chorar devido a beleza daquele gesto. A verdade mais uma vez havia mudado para mim.

Todo problema possui uma solução, e isto é um aforismo. Porém, nem tudo na vida são problemas. Nem sempre precisamos de uma solução. O que queremos é a paz, e sentir-se bem. Eu entendo muito bem o poder das palavras certas nas horas certas, mas comecei também a entender o poder do silêncio, o poder dos gestos, o poder da manifestação do amor. Novamente foi uma criança quem mostrou-me o quanto ainda tenho de aprender, o quão pequeno ainda sou. Uma criança, é sempre uma criança.

 

13 agosto 2005

Mudança de nome

Apartir de agora, não me chamo mais Mário Henrique, mas sim Mário HEnrqiue, porque é sempre assim que escrevo meu nome quando escrevo rápido demais.

Fica mais prático, não?

 

11 agosto 2005

Porquê eu não visito o blog da Carol.

O blog da Carol é este aqui, mas eu visito ele não. Por que? Bem, ela só falou de mim uma única vez (ctrl+f rules!) no primeiro post e nunca mais citou meu nome. Eu sempre visito o Bullshit, o Lost Soul, o Eomemo e o Fraudes CARISMÁTICAS (procure os links do lado) porque ele também falam de mim (no Fraudes o link pro meu blog tá até de cor diferente).

É, fazer o que. Sou narcisista mesmo.

PS: Na verdade eu visito o blog da Carol sim, só não comento nada.

 

10 agosto 2005

A Balada da Orelha da Menina

Era uma vez uma menina,
Seu nome era Karina.
Que parecia tímida de início,
Mas só aguardava um momento propício.
Para revelar as falhas dos machos
Reduzindo-os ao pó, tremendo o esculacho.
Porém o que não sabia, a menina pentelha,
Era do poder magnético de sua pequena orelha.
Orelha singela, que de cera se enchia,
E diariamente, ao tirar a cera, um menino se divertia.
Porém certo dia, Karina se encheu,
Estava cansada daquilo, então respondeu:
"Se da minha orelha, cera quiser tirar,
Uma pequena taxa deverá então pagar."
Oh, a tragédia, pensou o menino então.
Seu nome era Mário e, sem tirar cera, sua vida era só solidão.
Então Mário, esperançoso, juntou tudo o que tinha
E somando tudo conseguiu pagar uma última enceradinha.
Porém seus esforços não deram resultado,
E, ao final das contas, ele havia se tornado um viciado.
Decidido a alimentar seu vício, Mário fez uma proposta.
Disse a Karina: "Dê-me o que quero, e lhe dou uma história."
A menina se interessou, mas então veio o dilema:
"Eu gosto de histórias, mas prefiro um poema."
Um poema-história então será, disse o viciado.
E lhe entregou o texto muito antes do esperado.
Karina leu o poema, e olhou com os olhos injetados:
"Isso não é coisa que se diga de uma dama, seu pirralho."
E levantou sua mão, para desferir-lhe o golpe.
Mário pensou: Não tenho mesmo sorte.
E disse humildemente, sem nenhum escárnio:
"Por favor Karina, não bata no Mário.
Tirar cera da sua orelha, é o que eu sempre quis.
Tirar cera da sua orelha, é o que me faz feliz."

PS: Esta história é veridica e aconteceu hoje no trabalho.

 

07 agosto 2005

.

Mas daí a gente esuqece, ou recobre por coisas melhores e volta a sorrir. Então tudo fica mais alegre, e se vê num mundo tão melhor. As coisas que nos eram invisíveis deixam de ser. E o sol volta a brilhar.
Now Playing: Feedback Song for Dying Friend - Legião Urbana

..

Ultimamente tenho sido tratado como lixo por pessoas que não me vêem a certo tempo. Algumas a alguns anos, outras a algumas semanas. Sei lá cara, a gente sempre espera ser bem recebido pelas pessoas que a gente quer bem, man nem sempre é assim. Ou elas lhe cobram por coisas que você não tem obrigação nenhuma de fazer, ou elas não tem mais tempo prar você. Sei lá. Isso me deixa triste. Eu tinha cinco pessoas de extrema importância na minha vida, dessas, duas me abalaram hoje. Não sei, tenho vontade de chorar, de gritar, de fugir, de me culpas. Mas não há culpa, não há motivos pra me desculpar. Tem coisas no mundo que não temos controle, melhor deitar e fechar os olhos.

Aquele gosto amargo de teu corpo
Ficou na minha boca por mais tempo
De amargo e então salgado ficou doce
Assim que o teu cheiro forte e lento
Fez casa nos meus braços e ainda leve
E forte e cego e tenso fez saber
Que ainda era muito e muito pouco

Faço nosso o meu segredo mais sincero
E desafio o instinto dissonante
A insegurança não me ataca quando erro
E o teu momento passa a ser o meu instante
E o teu medo de ter medo de ter medo
Não faz da minha força confusão
Teu corpo é o meu espelho e em ti navego
E sei que a tua correnteza não tem direção

Mas, tão certo quanto o erro de ser barco a motor
E insistir em usar os remos
É o mal que a água faz, quando se afoga
E o salva-vidas não está lá porque não vemos

 

06 agosto 2005

...

Parece que estamos em tempos de mudança. Sei lá. Não é só uma questão de olhar as coisas de forma diferente, mas sim de olhar outras coisas. Eu poderia dizer que estamos crescendo. Mas daí me pergunto: até quando? As mudanças agora estão ficando horizontais, quer dizer, não é mais aquela balela de melhorar, ou piorar, mas sim de ser diferente. De estar diferente. Não sei se haverá volta, mas não importa. Os caminhos estão sendo traçados na lâmina do facão. Para onde vamos? não sei dizer mesmo. Nem sei dizer se vai valer a pena. Mas aqui não estamos mais.

 

03 agosto 2005

O importante é competir!

Já perceberam a sacanagem? Todo mundo acha lindo dizer: "não importa o vencedor, o importante é competir", como se fosse uma das frases mais humanas e incentivadoras que existem. Se o importante é competir, quer dizer que a vida deve ser uma eterna corrida. Quer dizer que tods devem tentar se superar a todo momento. Não há tempo para descanso, pois o que importa é competir, e curtir a vida é para os fracos. O pior dessa frase é que ela exige o trabalho, mas não o resultado. Lute, gaste todas energias, seja um adversário formidável. Mas se não vencer, tudo bem. Que frase idiota, não? Não seria melhor dizer: "O importante é se divertir"?

 

02 agosto 2005

Para o Ander_laine

Tem esse linque aqui, e esse outro também aqui.

Boa diversão!

Moral pessoal

Das pessoas que conheço intimamente, nas quais tenho observado o comportamento, todas parecem agir como se buscassem agir sempre da maneira mais justa possível. O que tento dizer é que todas elas possuem um padrão de comportamento moral, e que o seguem a risca. Pelo que vejo, não existe pessoa maligna, mas sim pessoas com diferentes formas de agir – e todas se consideram certas.

Em minha vida, baseando-me em minhas experiências cotidianas, acredito que a melhor maneira de agir e viver é perceber como toda a sociedade está tão intimamente relacionada, que o prejuízo, o descontentamento de um, pode arruinar o sucesso e contentamento do outro. Acredito então no bem comum, sendo assim o egoísmo a fonte de todo o mal. O egoísta não deseja o mal dos outros, mas sim o seu bem – o que consequentemente gera o mal aos outros. Porém, essa é a minha forma de ver. Para outras pessoas, o mundo é um campo de batalhas, onde somente os mais fortes e sagazes sobrevivem. Para eles, as pessoas devem sempre zelar pela própria segurança, ignorando assim os problemas dos outros e suas conseqüências. Eu não saberia dizer qual forma de ver a vida está certa, com toda a certeza. Eu acredito na minha moral, os outros acreditam nas deles.

Mas é interessante observar como sempre nos parece exagerado e, de certa forma, estúpido seguir padrões acima dos nossos. Imaginando uma escada, que parte do egoísmo absoluto a entrega total, eu vejo que tudo o que está acima de nossas cabeças soa como desnecessário e o que está abaixo (é claro) como imoral. Pegando a mim mesmo como exemplo, vejo a forma como condeno quase todo tipo de egoísmo, e também vejo como acho desnecessária a verdade "doa a quem doer". Eu me sinto mal ao comer algo e não compartilhar, porém muitas vezes me calo perante injustiças para manter a boa convivência com outras pessoas – não me sentindo mal por isso e até condenando quem leva o justo acima das relações humanas. E acho que todo mundo vê o mundo dessa forma.

Como mudar isso? O que deve ser feito para que eu, e os outros, consiga mudar a minha forma de ver o mundo. Não que eu me incomode com isso. Mas, não me incomodar, é algo que me incomoda!