28 outubro 2005

O Contador de Histórias

Sua maior habilidade era contar histórias, suas histórias. Na verdade, ninguém percebias que era essa sua habilidade - o que a tornava mais especial ainda. Ao invés disso, todos admiravam sua vida. Que pessoa interessante, qualquer acontecimento em sua vida era maravilhoso, cheio de detalhes. Ninguém nunca agia de forma desinteressante em sua vida, as reações sempre eram as mais surpreendentes, e o suspense, oh, o suspense! Ele era um cara realmente fascinante!

Então um dia eu saí com ele. Foi um dia normal, até que divertido, mas nada ultra maravilhoso, nada épico. Devo ser eu, pensei. E esse pensamento ficou matutando em minha cabeça por um tempo até que certo dia ouvi ele contando uma história para uma outra pessoa. parei para ouvir, é claro. Eu nunca perdia uma história dele. Ele contava a história como sempre fazia: muitos movimentos de mão, entonações diferentes, olhares concentrados e expressões faciais mil e o principal, algo que eu só percebi mais tarde, sem citar nomes. A história seguia interessante como sempre, mas então eu percebi: eu estava lá! Aquela história contava a vez que saímos. Que pancada na cabeça! Eu estava lá e as coisas não foram tão interessantes assim. Foi então que percebi que ele não era um cara que havia vivido histórias maravilhosas, mas sim um cara que conseguia tranformar coisas maravilhosas sobre sua vida normal (ok, não tão normal assim, mas nem de perto igual às suas histórias). Não, não pensem que eu que não consigo perceber a beleza dos momentos, ou menos vivê-los com maior intensidade. Ele também é assim, sair com ele é tão legal quanto sair com outros amigos meus, mas o que ele conta depois... Nossa, quem me dera eu estar lá!

Resumindo, ele é a encarnação do axioma masculino: "Não é o que você faz que importa, mas sim o que você conta que fez!"

 

23 outubro 2005

friendshit

I hate to tell you, but you guys let me real down this time.

Today I say, fuck you all!

 

19 outubro 2005

Finais Felizes

As vezes estou escrevendo algum texto sobre alguma coisa (e viva o óbvio), e percebo que minhas opiniões estão negativas. Sabe, tem horas que eu estou cansado, ou de mau humor, ou qualquer outra coisa, e não minhas opiniões não vão ser positivas, apesar delas (naquele momento) não refletirem minhas reais opiniões em momentos mais sadios. O foda é que nessas horas, eu acabo sempre inserindo um parágrafo ou dois negando essas opiniões, mostrando que não é bem assim, que elas (as opiniões) só estão refletindo meu estado de espirito e tal. Só que isso cansa. É um saco não poder sair reclamando sem ter que corrigir depois, é um porre ter que se desculpar por ser humano, por ter um lado amargo na alma.

As pessoas sempre nos cobram por aquilo que falamos, e, se escrevemos aquilo, se existe um registro das palavras, pior ainda. Todas as pessoas que eu respeito sabem que somente os tolos não se contradizem (ah, você não sabia... olha pro lado e disfarça, eu vou fingir que não vi), porém, ninguém (mesmo, incluíndo eu muitas vezes) perdoa alguém que se desdisse. Se alguém defende apaixonadamente uma opinião, então fudeu de vez. Não adianta querer mudar, você é a sua opinião pelos séculos dos séculos, amém. Poir ainda quando essa opinião é negativa. "Ué, não era você que queria que o mundo inteiro explodisse? Que faz agora cheirando flores?". E isso acaba obrigando meus texto a ficarem sempre com "finais felizes" e "morais da história".

Quer saber, pelo menos dessa vez, que se foda. Não gostou, eu também não sei se vou gostar daqui a alguns minutos, mas não vai ser isso que vai me calar.

Olhááááá

Dessa vez os bugs do orkut foram longe demais... Se liguem nisso

 

17 outubro 2005

Matrix

Que estranho...

Eu fiquei quase um mês sem visitar os blogues dos meus amigos, pra depois descobrir que eles também os haviam abandonados, postando uma coisa ou outra.

A última salvação foi o do Banin. Postsecret rules!


Eu não entendi, mas vou postar aqui porque achei divertido!

 

15 outubro 2005

A última dança

Enacontrei isso perdido em um caderno:

Então a banda anuncia: "Esta é a última música do baile". E não importa se você está cansado ou não, se você gosta da música ou não, se você sabe, ao menos, dançar, ou não. Esta é a última dança, meu caro, aproveite-a. Momentos como este não duram muito tempo e é nosso dever aproveitá-los ao máximo.

Escrito dia 24.04.2005

 

10 outubro 2005

Vazios.

Estou mal. Mas não é sobre isso este post.

Toda vez que estou mal, deparo-me com uma situação em que tenho uma longa caminhada pela frente. Seja para voltar para casa, seja por quanlqeur outro motivo. O que importa é que nesses momentos, sempre tenho um momento para pensar, para refletir. O que geralmente acontece é uma apologia a minha dor, uma justificação e glorificação tão grande que acaba-se consumindo. Então eu vejo um mendigo, ou qualquer outra pessoa passando por uma situação pior que a minha. E eu percebo que reclamo demais. Será?

Hoje eu vi um mendigo dormindo na minha rua. Todas minha preocupações sumiram de minha cabeça ao perceber que eu tinha uma cama, um cobertor decente, e um pratode comida. Sou feliz e ele não. Mentira! Quanto mais segurança temos, maiores nossas necessidades. Temos um vazio dentro de nós que é impossível de ser preenchido, um vazio que nos consome e que impede que sejamos plenamente felizes. Já falei sobre isso em algum lugar, e existem diversas teorias sobre esse vazio. Não sei o que ele é realmente, só sei que ele existe. Quanto mais conforto e segurança temos, mais confusas nossas necessidades. Um mendigo tem que lutar para conseguir comida, nós a temos e temos muito mais. Quanto menor a nossa luta, maior o nosso vazio. Eu não tenho preocupações, por isso tenho um vazio maior, ou mais difícil de ser preenchido.

Deve ser por isso que o índice de suicídio é maior nos países ricos.

"Meu reino não é deste mundo".

PS: Escrevi isto ontem à noite, porém fiquei sem conexão durante quase todo o final de semana, somente postando esse texto hoje. Entre ontem e hoje, continuei refletindo sobre o assunto e percebi que a palavra-chave desse vazio é o ócio. Valeu pelo toque Elisa.

 

08 outubro 2005

Whoops, I did it again!

Hoje eu fiz uma das minhas alunas da catequese chorar.

Hoje houve uma reunião com as mães em outra sala, por isso as crianças ficaram se divertindo na sala de aula. As meninas brincavam de Stop e os meninos faziam coisas de meninos (corriam, se empurravam e faziam barulho). Houve uma hora que uma garota fez uma piada comigo e eu retruquei. Isso é comum, a gente se zoa bastante na classe. Porém, uma outra garota virou para mim e disse: "Fala com a minha mão!". Eu respondi: "Por que, ela é mais inteligente que você?". Depois disso ela respondeu algo e eu retruquei e fiz o clássico "Vixé, vixé vixé", que impede a outra pessoa de responder. Por um tempo, ela ainda resistiu, mas depois se calou e tapou o rosto com as mãos: ela estava chorando. Que mancada a minha! Eu tentei acalmá-la, mas as lágrimas não paravam de rolar. Uma outra garota se aproximou e eu perguntei a ela (somente movendo os labios) se eu havia exagerado. Ela disse que não, e isso pode ser comprovado pela reação do resto da sala, que continuou jogando Stop, como se nada houvesse acontecido.

Após ela se acalmar, conversei um pouco com ela, pedi desculpas e contei um pouco das minhas experiências pessoas com pessoas zombeteiras. Ela já estava totalmente recuperada ao final da aula, mas fiquei chateado por ter feito isso. A última vez que eu havia feito alguém chorar, por não saber onde parar com as brincadeiras, foi no colegial. E, naquela época, eu fazia de propósito!

 

01 outubro 2005

Incompleto

Saiba que há muito tempo estou lhe buscando.
Pode-se dizer que busco até demais, em todo lugar que estou.
E saiba que estou ficando cansado
Mas saiba que eu ainda lhe quero.
Ainda lhe amo e lhe espero.

Será que eu já a conheço?
Será que deixei você passar por mim?
Será que ainda não nos olhamos assim?

São tantas as dúvidas, tantas as incertezas,
As noites mal dormidas, tantas noites mal durmidas.
Tantos inícios promissores sem o direito de um fim.

Mas saiba que em meu quarto existe um porta-retratos que aguarda sua foto.

Now Playing: Screwdriver - The White Stripes