25 maio 2006

Muita SIPATia!

Semana que vem acontecerá a SIPAT no edifício da CAIXA onde trabalho. Pra quem não sabe, SIPAT significa: Semana Interna de Prevenção à Acidentes de Trabalho. É bem interessante. Neste ano, o tema será diversidade e vários eventos estão agendados como massagem, sessão pipoca, ikebana, palestras sobre a diversidade e da ONG Moradia e Cidadania, entre outras coisas.

Para chamar a atenção de todos os funcionários do edifício, um grupo de retardados reunido pela diretora da CIPA foram incumbidos de criar algo diferente e interessante para que todos ficassem sabendo da SIPAT. Foi então que Patrícia, Haldine, Rafael, Haldine e eu nos juntamos e fizemos uma pequena esquete com um grupo de super-heróis que criamos baseado em idéias de outras unidades da Caixa: o Esquadrão SIPATia, com o Homem SIPATico, a Mulher SIPATica e o SIPATicão. O Esquadrão SIPATico tinha a missão de derrotar o maior vilão dos escritórios: o Doutor Antipático, grande desmotivador dos trabalhadores engravatados. Senhor da monotonia, do tédio, das cobranças, dos chefes enfezados, dos pontos eletrônicos e de todo o mau humor. Na esquete, o Doutor Antipático invadia o local de trabalho e começava a destilar todo seu veneno, quando o Esquadrão SIPATico surgia e o derrotava descrevendo todas as atividades programadas para a SIPAT. Uma história simples e, até certo ponto, boba, mas muito divertida e interessante, pois quebrou a rotina do ambiente de trabalho (somente os supervisores de cada unidade estava avisado do que ocorreria) e cumpriu suas metas comunicacionais.

Semana passada, sabado de madrugada, eu conversava com algumas pessoas que trabalham com teatro lá no Sesc. Conversa de bar mesmo, coisa boba. Um deles me dizia que nunca conseguiria trabalhar em escritório pois não se sentiria livre, feliz, satisfeito... aquela lenga lenga toda de fazer o que quer e blá blá blá. Na hora, fiquei meio chateado por ter "abandonado" minhas pretenções acadêmicas quando entrei na CAIXA, mas o que aconteceu hoje me fez repensar tudo. Amanhã vou encontrar-me com essas pessoas novamente. Eu poderei dizer a eles que fiz teatro essa semana, além de muitas outras coisas. Poderão eles dizer o mesmo?


"Vai, Esquadrão SIPATico!"


"Homem SIPATico vs Doutor Antipático"

 

18 maio 2006

A Twist in the Myth




1. This Will Never End (5:07)
2. Otherland (5:14)
3. Turn The Page (4:16)
4. Fly (5:43)
5. Carry The Blessed Home (4:03)
6. Another Stranger Me (4:36)
7. Straight Through The Mirror (5:48)
8. Lionheart (4:15)
9. Skalds And Shadows (3:13)
10. The Edge (4:27)
11. The New Order (4:49)

PUTAQUEPARIU!!!!!

 

15 maio 2006

Pânico em SP.

Algo dentro de mim diz que nada disso teria acontecido se o Corinthians não tivesse saido da Libertadores.

 

14 maio 2006

O último pedaço de chocolate.

Por que será que sempre deixamos pra aproveitar somente o último pedaço do chocolate? Acho que não é somente comigo que isto acontece. Uma barra de chocolates, uns doze quadradinhos, quase todos devorados ansiosamente, menos o último. O último pedaço sempre é aquele que fica mais tempo na boca, é aquele que não mordemos, mas sugamos todo o doce, chegando até a ficar enjoado do sabor. É engraçado, mas tentamos tirar desse último pedaço, tudo aquilo que esperávamos da barra inteira. O último pedaço é vivido quase com desespero. O último, e por isso, o mais importante de todos. Sei que a idéia deste texto já está mais que óbvia, mas, mesmo assim, desejo continuá-lo, esclarecendo minha opinião. O último chocolate representa a consciência do fim, a morte, poderíamos dizer, mas somente no sentido de perda, nunca na beleza da metamorfose, da transição. Quantas coisas somente começamos a desfrutar quando percebemos que estão em seu fim? Quantas famílias se unem somente quando a tragédia as inunda? Quantas vezes nos arrependemos de não ter valorizado um amor quando já é tarde demais para revitalizá-lo; quando já o perdemos? Acontece tantas vezes, e parece que nunca aprendemos, mesmo com tantos sinais por todo o lado. Será que somente a morte pode nos ensinar a viver? Que deste erro não sejamos culpados, mas sim, de todos os outros.


explodingdog - never gonna die/ never gonna die/ never gonna die

 

12 maio 2006

Simples somente são as coisas que ignoro.

 

09 maio 2006

Intimidade

Os relacionamentos humanos são complexos e quem ignora suas nuances muitas vezes se priva de seus deleites.
Quanto mais, e melhor, tempo passamos juntos a uma pessoa, mais adquirimos gosto pela sua companhia. Existem casos em que esse gosto surge quase instantaneamente, e não são raras as vezes em que isso ocorre em ambos, mas somente o tempo e a experiência de diversas situações criam um laço forte de comunhão e amor entre essas duas pessoas. É isso que chamo de intimidade.

A experiência humana, a vida de cada pessoa, é grande demais para ficar guardada e desconhecida de outros, além da própria pessoa. O ser humano tem um desejo intrínseco de viver e compartilhar essa vida. Não somos ermitões, somos seres sociais, precisamos viver em sociedade e usufruir tudo o que ela nos tem a oferecer. Porém, a sociedade não nos é suficiente, queremos nos encontrar nessa grande massa de pessoas e, por isso, nos aproximamos daquelas que mais se igualam aos nossos anseios e caráter. Freqüentamos então uma religião, associamos-nos a um partido político ou a um time de futebol, atendemos a uma escola, formamos grupos de amigos com interesses comuns (como música, quadrinhos, moda, comportamento) e a cada momento, nossa experiência social é ampliada, ao mesmo tempo em que se torna mais íntima. Dentro desses grupos, ou talvez dentro de algum outro criado especialmente, existem pessoas que se destacam. São essas pessoas que tomarão maior parte do seu tempo, que serão conhecedoras dos seus maiores medos, será para elas que você se voltará quando estiver assustado ou irritado, será nelas que você pensará quando estiver tendo um dia feliz (isso éclaro, se essas pessoas já não estiverem ao seu lado). Elas são seus amigos, elas são íntimas suas. Você as ama e elas a você. Algo verdadeiramente sublime e especial. E exatamente por isso, algo complexo e perigoso.

Não desejo aqui, guiar e convencionar as amizades, principalmente na parte que se doa, mas sim discutir um pouco sobre a suposta liberdade que a intimidade nos oferece. Muitas pessoas acreditam que intimidade significa poder agir com maior conforto, e menos cuidado, com aqueles que somos íntimos. Não vou negar isso, porém, quanto mais intimo de uma pessoa, maior é o peso de suas atitudes. Em uma cena do filme "Cleópatra", Júlio César ensina seu filho Ptolomeu XV, um garotinho então, sobre a severidade com que se deve tratar os íntimos. Não me lembro direito o diálogo, mas era algo do como: "Filho, se um inimigo vem e pede perdão por suas dívidas, o que você faz?", diz César. "Está perdoado", diz o pequeno Ptolomeu. "Agora, continua César, "um grande amigo lhe pede perdão por um erro que cometeste". "Atirem-no aos leões", brada o garoto. Sim, sei que pode soar agressivo e bruto, mas não diz a mesma coisa Jesus em Mt 18:18, e Krisnha não incita o príncipe Arjuna matar seus parentes. Tudo aquilo que for próximo e não nos fizer bem, acabará por nos envenenando. Agora, você, que goza da intimidade de uma pessoa querida, não acredites que a carta branca que possui será eterna. A posição que lhe é dada, pode ser retirada, por isso, não julgue como certo a amizade que você conquistou. Os amigos são os maiores bens que possuiremos em toda nossa vida, por isso, devemos tratá-los com o maior respeito possível. Aí sim, seremos dignos de sua amizade, aí sim, estaremos usando nossa intimidade de forma benéfica. Pois o vírus que mata, a peste que corrói, estas também são intimas do doente. Uma das imagens mais conhecidas do universo católico é a imagem de Jesus Cristo batendo a porta. A porta não tem maçaneta. Não se louve da intimidade que lhe é dada, mas conquiste-a diariamente e seja digno dela.

"Tu te tornas eternamente responsável..." Ah, vocês já entenderam.


explodingdog - god called in sick today

 

07 maio 2006

Truth Doesn't Make a Noise

"We all become what we most deslike in this picket fence cartel"
- At The Drive-In, Picket Fence Cartel


Então, estava eu fazendo, mais uma vez, a coisa que mais odeio no mundo: pregando. Eu pregava sobre a necessidade do auto-conhecimento e de submergir nas questões do eu. Tudo havia começado com uma conversa normal, eu e o Quinho, voltando para casa do cinema, discutindo sobre alguns livros que vimos no shopping em alguma dessas mega-livrarias. Juro que começou de forma ingênua, quase infantil, mas quando menos percebi, meu discurso já estava inflamado e as palavras saiam como que atropelando umas as outras, e as afirmações de "você não está me entendendo" surgiam de tempos em tempos quando o outro tentava se expressar seguidas de longas explicações e analogias entediantes para qualquer um, menos para o orador. Eu não tive a intenção de fazer isso, mas fiz. Mais uma vez, eu fiz. Lembro-me dos longos discursos que minha classe de catequese teve que suportar de mim. Como eu devia ser chato. Quando eu começo a falar, quando começo a destrinchar algum assunto que amo, os calores da paixão me sobem até o último fio de cabelo, e tudo o mais vira um grande palco para mim. Por favor, não compreendam mal a idéia de palco com a necessidade de glórias, mas sim de um espaço para me expressar. Um lugar onde posso me despir e expor os mais nobres e complexos sentimentos. Um lugar que justifica a minha existência. E então me comparo com todos aqueles que gritam, todos aqueles que se julgam donos da verdade, todos aqueles que pregam e que condenam. Que grande erro o meu. Isso logo após eu ter censurado o Quinho por ter feito a mesma coisa com uma igreja evengélica no meio do caminho. A verdade é um sussurro, e, para ouví-la, deve-se fazer silêncio; deve-se escutar o mais leve dos pulsos, a mais frágil das vozes.

"You try to tell her what to do/ and all she does is stare at you/ her stare is louder than your voice/ because truth doesn't make a noise"
- The White Stripes, Truth Doesn't Make a Noise


E a cada dia percebo que sei menos do que acredito saber.


Explodingdog - The Moon Is Yelling At Me

 

03 maio 2006

Teste... teste.... 1,2,3...

This is only a test... I repeat. This is only a test....

Acabei de descobrir um novo plug-in no firefox (o que, você ainda usa Internet Explorer? Coitado!) que permite a edição de blogs diretamente do browser. Isso facilita pacas e ajuda na hora dos ctrl+c ctrl+v, pois posso continuar navegando enquanto blogo.

Será esse o fim do meu longo romance com o w.bloggar?

Bem, eu sempre posso voltar rastejando, não é?


explodingdog - going to chance the world